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Foi um milagre, diz cônsul do Chile em SP sobre resgate de mineiros

Foi um milagre, diz cônsul do Chile em SP sobre resgate de mineiros

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:10

“Foi um milagre”, afirmou na manhã desta quarta-feira (13) Aldo Famolaro, cônsul geral do Chile em São Paulo, sobre o início do resgate dos 32 mineiros chilenos e um boliviano soterrados e presos desde 5 de agosto na Mina San José.

“O fato de todos os operários conseguirem sobreviver ao desmoronamento e os colegas deles não desistirem de procurá-los só pode ser um milagre”, disse o cônsul Famolaro em entrevista ao G1 .   Segundo ele, o estado de São Paulo é o que concentra o maior número de chilenos que vivem no Brasil. “A comunidade chilena aqui é muito grande. No Brasil vivem de 25 a 30 mil chilenos. São de uma imigração mais antiga, vinda nos anos 70 e início dos 80 para fugir da ditadura chilena. Para você ter uma ideia, só no estado de São Paulo são 18 a 20 mil chilenos”, informou Famolaro.

O cônsul chileno de 51 anos disse que só foi dormir no início da madrugada desta quarta, quando assistiu pela televisão a retirada do primeiro chileno da mina. Florencio Ávalos Silva, de 31 anos, foi suspenso pela sonda, que percorreu uma distância de 700 metros de profundidade, para resgatar o operário.

Mas apesar do alívio, no início desta manhã, mesmo diante dos trabalhos do consulado, que fica na Avenida Paulista, Famolaro e funcionários chilenos continuavam acompanhando o resgate pela TV.

“Mesmo o plano de resgate tendo sido preparado com muita antecedência, estávamos apreensivos, mas hoje é um dia de muita felicidade para todo chileno no mundo. Eles estão saindo aos poucos. Estamos vendo tudo pela televisão”, disse Famolaro.

Segundo o cônsul, não há registros de parentes dos sobreviventes aqui no Brasil. Ele ainda afirmou que, além da persistência dos operários, a união do povo chileno neste momento complicado foi fundamental para o êxito da operação.

Terremoto

“Se não déssemos as mãos, seria mais difícil. O Chile é um país marcado pela dificuldade. Temos muitos problemas por conta da geografia do país. O último foi o terremoto em fevereiro deste ano. Conseguimos tudo na base do trabalho, esforço e sacrifício. Para nós foi uma grande vitória, como está sendo o resgate de agora. Sabemos o que significa esse tipo de trabalho, a angústia das famílias. Foi um milagre mesmo.”

Apesar da alegria, o cônsul afirmou que após a saída de todos os operários, as autoridades terão de começar a investigar as causas do incidente ocorrido em 5 de agosto.

“Todos os acontecimentos têm essa dupla face: primeiro é o alívio e alegria pelo resgate. Mas falta a investigação do que aconteceu para reforçar as medidas regulamentares, quanto às técnicas para evitar que acontecimentos ocorram novamente. Nesse caso, por exemplo, não havia vias de escape alternativas”, disse.    

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