Os militares e as forças de segurança da Síria cometeram crimes contra a humanidade durante a repressão das manifestações contra o regime, afirmaram investigadores designados pelas Nações Unidas em um relatório publicado nesta segunda-feira (28), em Genebra.
"A comissão está muito preoucupada porque foram cometidos crimes contra a humanidade em diversas regiões da Síria durante o período examinado", informaram os três membros da Comissão Independente de Investigação sobre a Síria, considerando que as forças de segurança e o exército eram responsáveis por este atos. As forças do regime mataram, estupraram e torturam manifestantes desde que começaram os protestos, em março passado, de acordo com as provas reunidas pela comissão.
O painel entrevistou 223 vítimas e testemunhas, entre as quais desertores das forças de segurança que receberam ordens de disparar para matar os manifestantes, e assinalaram casos de crianças que foram torturadas até a morte.
Estes testemunhos mostram que foram realizadas execuções sumárias, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, torturas, algumas das quais com violências sexuais, assim como violações dos direitos das crianças. Desde o início dos protestos, cerca de 3.500 pessoas morreram na Síria.
"A simples escala e modelo dos ataques dos militares e as forças de segurança contra civis e bairros de civis, assim como a destruição generalizada da propriedade, só podem ser possíveis com a aprovação ou cumplicidade do Estado", concluiu a comissão.
Segundo o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, pelo menos 3.500 pessoas morreram no país, durante nove meses de protestos contra o regime de Bashar al Assad.
Ao mesmo tempo, a comunidade internacional aumenta o cerco contra o regime, e o país teve protestos contra as sanções sem precedentes impostas na véspera pela Liga Árabe .
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