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Forças pró-Kadhafi matam 17 pessoas em Misrata, dizem rebeldes

Forças pró-Kadhafi matam 17 pessoas em Misrata, dizem rebeldes

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

As forças leais a Muammar Kadhafi bombardearam a cidade de Misrata com foguetes e artilharia nesta segunda-feira (18) e 17 pessoas morreram por conta dos ataques do dia anterior na cidade sitiada na Líbia, disse um porta-voz rebelde. A terceira maior cidade da Líbia -- maior reduto dos insurgentes no oeste do país -- está cercada por tropas pró-Kadhafi há cerca de sete semanas.

Acredita-se que centenas de pessoas já morreram em Misrata e milhares de trabalhadores imigrantes estão ilhados em condições miseráveis, tentando sair em navios de resgate de entidades humanitárias.     "As forças de Gaddafi estão bombardeando Misrata agora. Eles estão atirando foguetes e artilharia no lado oriental -- a (rua) Nakl el Theqeel e as áreas residenciais ao redor", disse Abdubasset Abu Mzeireq da cidade costeira.     Segundo ele, cerca de 100 pessoas, na maioria civis, também ficaram feridas durante os confrontos de domingo. A informação não foi confirmada ainda por fontes independentes.

Um grupo norte-americano defensor dos direitos humanos disse que forças do governo lançaram ataques indiscriminados de foguetes e bombas contra bairros residenciais em Misrata, incluindo um que matou oito civis que aguardavam em fila para comprar pão na quinta-feira.

Ao menos 16 civis morreram em ataques semelhantes em 14 de abril, segundo testemunhas e inspeções nos locais atingidos, disse a Human Rights Watch em comunicado de Misrata.

Cessar-fogo

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira em Budapeste um cessar-fogo na Líbia, ao mesmo tempo que anunciou as Nações Unidas pretendem ampliar a ajuda humanitária a Trípoli.

"Temos três objetivos: primeiro um cessar-fogo imediato e efetivo, segundo estender nossa ajuda humanitária aos que necessitam, terceiro continuar o diálogo político e a busca de uma solução política", declarou Ban a um grupo de jornalistas durante uma visita oficial de três dias a Hungria.

"Vista a magnitude da crise, se os confrontos prosseguirem, é absolutamente necessário que as autoridades líbias parem os combates e de matar as pessoas", insistiu.

Imagem do domingo (17) mostra caça das forças da Otan decolando de navio francês, na costa da Líbia (Foto: Alexander Klein / AFP)

  Apesar das negociações para obter uma solução política prosseguirem, o secretário-geral da ONU pediu uma ação internacional "combinada e em coordenação com o povo líbio".

"Uma vez obtido o cessar-fogo, a Líbia necessitará de amplos esforços para estabelecer e manter a paz, assim como para a reconstrução", completou Ban.

A situação humanitária é particularmente grave nas cidades onde acontecem os confrontos, destacou o secretário-geral.

"Há dezenas de milhares de pessoas cujas necessidades básicas não são satisfeitas, portanto temos um grave problema", explicou.

Ban afirmou que a ONU pretende ampliar, em colaboração com a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho, a ajuda humanitária a Trípoli. As Nações Unidas já estabeleceram em Benghazi uma base humanitária para as 500.000 pessoas que fugiram dos combates.      

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