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França e Reino Unido defendem ataques seletivos na Líbia

França e Reino Unido defendem ataques seletivos na Líbia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:52

A França e o Reino Unido são a favor de ataques seletivos na Líbia caso o ditador Muammar Kadhafi utilize armas químicas ou ataques aéreos contra a população civil, afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante uma reunião da União Europeia (UE) nesta sexta-feira (11). O país enfrenta três semanas de revoltas armadas contra o governo de Kadhafi, há 42 anos no poder.

"Estamos preparados, se este for o desejo da ONU e se a Liga Árabe e a oposição líbia aceitarem, para realizar ações seletivas sempre e quando Kadhafi recorrer a armas químicas ou à aviação contra cidadãos pacíficos", assinalou Sarkozy, afirmando também falar em nome do primeiro-ministro britânico David Cameron. Sarkozy também pediu que o bloco europeu reconhecesse oficialmente a oposição como representante legítima do povo líbio, como fez a França na quinta-feira.

Também pediu a criação no norte da África de zonas de acolhida dos refugiados do conflito líbio, mais de 250 mil dos quais já fugiram para a Tunísia e o Egito desde o início da rebelião contra Kadhafi em meados e fevereiro, segundo dados da ONU. Há pouca informação sobre a situação humanitária em áreas da Líbia controlada pelas forças de Kadhafi, como a capital, Trípoli, mas o porta-voz disse que três quartos do país permanecem isolados de assistência.

Mais ataques

Tropas leais ao ditador Kadhafi estavam lutando para retomar o controle do porto petrolífero de Ras Lanuf nesta sexta-feira, intensificando a contraofensiva contra os insurgentes, que estão em desvantagem militar.

As forças do governo, com uma superioridade aérea e uma grande vantagem nos tanques, parecem ter retomado suas energias no conflito que já dura três semanas. Nesse ritmo, a pressão do governo líbio poderia superar os lentos esforços internacionais para impedir Kadhafi.

O som de explosões e armas de pequeno porte foi ouvido de Ras Lanuf nesta sexta-feira, enquanto fumaça emergia da cidade. Forças rebeldes disseram que ainda estavam dentro da área residencial da cidade petrolífera, e combatendo tanques de guerra do governo, além de tropas que chegaram de barco. 'Quatro barcos transportando 40 e 50 homens cada chegaram aqui. Estamos combatendo eles agora', disse um porta-voz rebelde Mohammed al-Mughrabi, sem dizer exatamente onde ele estava localizado.

O combatente rebelde Ibrahim al-Alwani disse que ele e seus colegas ainda estavam em Ras Lanuf e tinham visto tropas do governo no centro da cidade. 'Eu vi talvez 150 homens em três tanques', disse. 'Eu posso ouvir os confrontos.' Os insurgentes estavam indignados com a falta de ação internacional. 'Onde está o Ocidente? Como estão ajudando? O que estão fazendo?' gritava um combatente enfurecido.

Kadhafi ameaça

O ditador Kadhafi ameaçou nesta sexta-feira a União Europeia (UE) que pode deixar de apoiar a luta antiterrorista internaconal e também a luta contra a imigração clandestina, informou a agência oficial Jana. "Se a Europa não apoiar e ignorar o papel ativo da Líbia na luta contra a imigração e como país que garante a estabilidade no norte da África e toda a África, a Líbia será obrigada... a parar com seus esforços na batalha contra o terrorismo e mudar sua postura em relação à al-Qaeda", afirma a mensagem de Kadhafi.

Kadhafi repetidamente acusa a rede al-Qaeda de estar por trás da rebelião em seu país e que diz que a Líbia é capaz de derrotar os terroristas que pretendem transformá-la numa Somália.

A mensagem foi dirigida aos líderes dos países europeus reunidos em Bruxelas nesta sexta-feira para avaliar que medidas serão tomadas contra o governo Kadhafi.      

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