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Fundador do WikiLeaks recorre da extradição à Suécia por crime sexual

Fundador do WikiLeaks recorre da extradição à Suécia por crime sexual

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:53

O fundador do site de vazamento de documentos WikiLeaks, Julian Assange, apelou perante a Alta Corte de Londres da sentença emitida na semana passada por um juiz britânico, que decidiu extraditá-lo para a Suécia, onde enfrenta quatro acusações de agressão sexual, anunciou nesta quinta-feira (3) uma fonte judicial.

Um funcionário da Corte confirmou que os advogados, que tinham até esta quinta-feira para recorrer da decisão, apresentaram os documentos necessários, mas indicou que ainda não foi definida uma data para examinar a apelação.     O juiz de primeira instância Howard Riddle autorizou em 24 de fevereiro a extradição do australiano de 39 anos para a Suécia, que emitiu uma ordem de captura contra ele depois que duas mulheres o denunciaram por violação e abuso sexual.

Assange, contra quem ainda não foram apresentadas as acusações formais, nega ter cometido os delitos sexuais, embora admita ter mantido relações consentidas com as duas mulheres durante uma estadia em Estocolmo em agosto passado.     O ex-hacker afirma que as acusações têm fundamento político, derivado da divulgação de milhares de documentos oficiais da diplomacia americana e sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão pelo site WikiLeaks.

A Suécia quer interrogá-lo no âmbito de acusações de que ele teria violentado e agredido sexualmente duas mulheres, embora não tenha sido formalmente acusado. Advogados de Assange argumentavam que ele não obteria um julgamento justo na Suécia.

No entanto, o australiano de 39 anos nega as acusações, embora admita ter mantido relações sexuais com as duas mulheres. Segundo ele, o caso é motivado politicamente pelo vazamento de milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana e documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Assange estava vivendo na mansão de um conhecido, sob um tipo de prisão domiciliar, desde que um tribunal lhe concedeu liberdade sob fiança em dezembro.

Em um resumo do caso divulgado na Internet, os advogados de Assange argumentaram que o mandado de prisão foi emitido para puni-lo por suas opiniões políticas, e enviá-lo à Suécia seria um passo para que ele seja transferido aos Estados Unidos.

      'Existe um risco real de que, se ele for extraditado à Suécia, os EUA buscarão sua extradição e/ou rendição ilegal aos EUA, onde haveria o risco real de ele ser detido na Baía de Guantánamo ou em qualquer outro lugar...', disse o documento.

'De fato, se o sr. Assange for entregue aos EUA...há um risco verdadeiro de que ele poderá estar sujeito à pena de morte', afirmou.

O governo norte-americano está examinando se acusações criminais podem ser feitas contra Assange pela publicação de documentos diplomáticos que revelaram informações sensíveis como aquelas indicando que o rei saudita Abdullah pediu repetidas vezes aos Estados Unidos que atacasse o programa nuclear do Irã.    

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