As forças de segurança do governo da Síria cometeram crimes contra a humanidade ao tentar esmagar a oposição ao presidente Bashar al Assad na província de Homs, disse nesta sexta-feira (11) um relatório da entidade Human Rights Watch.
A entidade fez um chamado aos delegados da Liga Árabe, que se reunirão no sábado, para que suspendam a Síria da organização e também pediu que a ONU imponha sanções aos responsáveis e encaminhe a situação do país ao Tribunal Penal Internacional. "Os abusos de natureza sistemática contra os civis em Homs por parte das forças do governo sírio, incluindo tortura e matanças ilegais, constituem crimes contra a humanidade", afirmou o grupo em um comunicado que acompanha o relatório.
A Human Rights diz no relatório que as forças de segurança da Síria mataram pelo menos 104 pessoas na cidade desde 2 de novembro, data em que o governo sírio concordou com um plano da Liga Árabe destinado a pôr fim à violência e dar início ao diálogo entre o governo e a oposição.
Ao mesmo tempo, ativistas sírios disseram na quinta-feira que pelo menos 30 civis e 26 soldados foram mortos em toda a Síria pouco antes das orações da sexta-feira, num momento em que a repressão às manifestações pró-democracia se torna mais violenta e aumentam os ataques contra as forças de segurança.
A sexta-feira, o dia muçulmano de descanso e oração, é uma das poucas ocasiões em que os sírios têm a possibilidade de se reunir e assim desafiar os esforços do governo para conter os protestos, que já duram sete meses.
Ativistas relataram que na sexta-feira passada houve um forte aumento das forças de segurança'a ao redor das mesquitas nas grandes cidades, o que impediu os serviços religiosos em algumas localidades..
O número de mortos este mês é um dos mais altos desde o início do levante contra o governo do presidente Bashar al Assad.
Milhares de pessoas compareceram aos funerais de 24 civis na quinta-feira.
O regime argumenta que está combatendo militantes que tentam desestabilizar o país.
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