Os ministros do Hezbollah e de partidos aliados ameaçam renunciar nesta quarta-feira (12), forçando a queda do governo do primeiro-ministro Saad al Hariri, afirmam fontes políticas.
'A declaração de renúncia foi escrita e será anunciada às 16h30 (12h30 em Brasília)', disse uma alta fonte política, pedindo anonimato. Onze ministros devem deixar o cargo, o que automaticamente derrubará o governo, disse a fonte.
O ministro da Saúde, Mohamed Jawal Jalifé, do movimento xiita Amal, também confirmou a informação.
Políticos libaneses disseram na terça-feira que a Síria e a Arábia Saudita foram incapazes de forjar um acordo político a respeito do tribunal da ONU que deve julgar os suspeitos pelo assassinato do ex-premiê Rafik al Hariri, pai do atual primeiro-ministro. O crime ocorreu em 2005. Discordâncias sobre a investigação paralisaram o governo de coalizão e retomado temores de um conflito sectário no país.
Membros do Hezbollah devem ser indiciados pela morte de Rafik al Hariri, mas o grupo xiita nega qualquer envolvimento e diz que o tribunal da ONU é um 'projeto israelense'. Saad al Hariri, no entanto, resiste à pressão para rejeitar as conclusões do tribunal.
Hariri está nos EUA e, na hora prevista para a renúncia dos ministros, deve estar em reunião com o presidente norte-americano, Barack Obama.
O ministro cristão Gebran Bassil, aliado do Hezbollah, disse que Hariri rejeitou as exigências de convocar uma sessão de emergência do gabinete para discutir a hipótese, pleiteada pelo Hezbollah, de que o Líbano pare de cooperar com o tribunal especial.
'O período de graça terminou, e o estágio de espera que vivemos sem resultado terminou', disse ele à Reuters.
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