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Impacto do caos aéreo é maior que de 11 de setembro, diz Iata

Impacto do caos aéreo é maior que de 11 de setembro, diz Iata

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:25

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) criticou nesta segunda-feira, dia 19, a falta de liderança dos governos europeus para lidar com as restrições no espaço aéreo por causa da erupção de um vulcão na Islândia. A entidade pediu que seja repensado o processo de tomada de decisão.

"Este vulcão (expelindo cinzas na Islândia) paralisou o setor aéreo, primeiro na Europa, e agora está tendo implicações mundiais. A escala do impacto econômico já é maior do que no 11 de Setembro (de 2001), quando o espaço aéreo dos EUA foi fechado por três dias", disse executivo-chefe e diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani.

"Estamos longe o suficiente desta crise para manifestar nossa insatisfação em como os governos têm a administrado, com nenhuma avaliação de risco, nenhuma consulta, nenhuma coordenação e nenhuma liderança. Esta crise está custando às empresas aéreas ao menos US$ 200 milhões por dia em receitas perdidas e a economia europeia está sofrendo bilhões de dólares em negócios perdidos", disse.

Em entrevista à BBC, Bisignani afirmou que que o caos aéreo é uma "bagunça" um "vexame" para a Europa. "Isso é um vexame europeu, e é uma bagunça europeia", disse. "Os europeus estão usando um sistema baseado em um modelo teórico que não funciona, em vez de usarem um sistema e tomar decisões com base em fatos e em avaliações de risco."

Além disso, a companhia britânica British Airways calculou nesta segunda entre 15 e 20 milhões de libras diárias (US$ 23 a US$ 30 milhões) o custo da paralisação aérea causada pela nuvem de cinzas vulcânicas

Já a companhia aérea Air France está perdendo 35 milhões de euros diários (US$ 47 milhões) por causa da nuvem de cinzas que perturba o tráfego aéreo europeu, declarou nesta segunda-feira seu diretor-geral, Pierre-Henri Gourgeon.

Urgência

O representante da Iata observou que os governos devem dar urgência ao caso e focar em como e quando o espaço aéreo europeu pode ser reaberto com segurança.

Bisignani pediu que o Eurocontrol, a organização europeia para a segurança aérea, estabeleça um centro de contingência capaz de tomar decisões coordenadas.

O último boletim do Eurocontrol, de ontem, mostrou que aproximadamente 5 mil voos foram operados no domingo no espaço aéreo europeu. Em um dia normal, essa expectativa gira em 24 mil voos.

O relatório apontou que, até aquele momento, não havia serviço de controle de tráfego aéreo para o setor de aviação civil na maior parte da Europa, incluindo Bélgica, parte da Croácia, República Checa, Dinamarca, Estônia, Finlândia, partes da França, grande parte da Alemanha, Hungria, Irlanda, norte da Itália, Holanda, partes da Noruega, Polônia, Sérvia, Eslovênia, Eslováquia, Suécia, Suíça, Ucrânia e Reino Unido.

Espanha, Portugal, a área sul dos Balcãs, sul da Itália, Bulgária, Grécia e Turquia estavam com seu espaço aéreo aberto e havia operação de voos, conforme a última atualização da situação apresentada ontem.

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