Homem entra em desespero ao ver inundação na cidade de Wiaczemin, no centro da Polônia; enchente do rio Vístula já deixou 13 mortos no país
Milhares de pessoas estão isoladas na Polônia nesta segunda-feira (24), sem luz nem água corrente, por causa de fortes inundações, que já deixaram 13 mortos em todo o país nos últimos quatro dias.
A chuva também destruiu diversos povoados e causou danos à infraestrutura do país europeu, especialmente às estradas, de acordo com a rádio pública polonesa.
Um homem de 49 anos foi a última vítima contabilizada depois que seu corpo foi achado na madrugada desta segunda-feira por um grupo de cidadãos que patrulhavam em barcas os arredores de suas casas na comarca de Tarnobrzeg, no sudeste da Polônia.
A polícia, os bombeiros e os voluntários continuam a luta contra o avanço da água com a colocação de sacos de areia para formar diques que, como no caso da localidade de Swiniary, no centro do país, não foram capazes de resistir à força do rio, o que provocou inundações na ribeira do Vístula e a evacuação de pelo menos 4.000 moradores da região.
Essa também foi a situação de outros municípios, como Wilki, que ficou quase totalmente coberto pelas águas, com casas e campos de cultivos arrasados pelo transbordamento do rio do Vístula.
O Exército foi mobilizado para reconstruir os diques e, com o apoio de helicópteros e centenas de soldados, monta barreiras contra a água ao longo de toda a Polônia.
Varsóvia, a capital, não é uma exceção ao caos vivido pelo país. Algumas das principais avenidas que cruzam o rio foram fechadas devido ao risco de inundação, o que provocou o colapso dos acessos à cidade. Autoridades municipais decidiram fechar as escolas e creches mais próximas ao Vístula por causa das chuvas, que, de acordo com os meteorologistas, devem continuar fortes até esta terça-feira (25).
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou neste domingo (23) que a situação tinha se estabilizado nas regiões de Malopolska, Silésia, Podkarpacie e Swietokrzyskie, no sul do país.
De acordo com Tusk, as perdas causadas pelas inundações na Polônia, as mais graves nos últimos 160 anos, poderiam superar os R$ 5,7 bilhões (2,5 bilhões de euros).
Em pronunciamento no Parlamento nacional, o primeiro-ministro adiantou que seu governo vai pedir ajuda econômica à União Europeia (UE), dizendo que ''milhares de quilômetros de diques terão que ser reparados ou reconstruídos'' depois das cheias do Vístula.
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