O chefe da Guarda Revolucionária do Irã fez ameaças de retaliação aos Estados Unidos, Reino Unido e Paquistão nesta segunda (19), acusando os países de ligação com o Jundallah, grupo que assumiu os atentados que mataram 41 pessoas neste domingo (18). A declaração foi feita no mesmo dia em que a Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA) advertiu que continuará a enriquecer urânio para seu programa nuclear.
O general Mohammad Ali Jafari, chefe da Guarda Revolucionária, disse que é preciso uma resposta aos ataques:
''Nos bastidores estão os aparatos de inteligência norte-americano e britânico e terá de haver medidas retaliatórias para puní-los''.
O atentado matou membros da Guarda Revolucionária, incluindo o general Nour Ali Shustari, sub-comandante da Força Terrestre. O ato ocorreu durante uma reunião de membros da tropa de elite iraniana com líderes tribais perto da cidade de Sarbaz, na região de Pishin, na Província do Sistão-Baluchistão, na fronteira com o Paquistão.
Programa nuclear
O Irã também advertiu que enriquecerá urânio a 20% por seus próprios meios caso fracassem as negociações com França, Rússia e Estados Unidos, que recomeçam nesta segunda em Viena.
Ali Shirzadian, porta-voz da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), disse que o país não vai desistir de seu programa nuclear:
''A República Islâmica prosseguirá com o enriquecimento de urânio a 5%, mas se as negociações não apresentarem resultados adequados, começaremos nossas atividades para produzir urânio enriquecido a 20% e nunca renunciaremos ao nosso direito''.
Negociação
No dia 1º de outubro em Genebra, o Irã e o Grupo dos Seis (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha) concluíram um acordo com base no princípio de que Teerã entregaria parte de seu urânio enriquecido a menos de 5% a um terceiro país para obter, em contrapartida, urânio enriquecido a 19,75% para o reator de pesquisas de Teerã, totalmente sob controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Representantes do Irã, Rússia, França, Estados Unidos e da própria AIEA debaterão as modalidades e o mecanismo da operação na reunião desta segunda em Viena.
Teerã rebate as acusações ocidentais de que pretende fabricar armamento atômico, sob a alegação de desenvolver um programa nuclear civil.
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