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Israel alerta para "violência" se novos navios tentarem chegar a Gaza

Israel alerta para "violência" se novos navios tentarem chegar a Gaza

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, advertiu nesta segunda-feira que uma situação de ''violência'' pode surgir se a frota com ajuda humanitária que se prepara no Líbano tentar romper o bloqueio israelense sobre território palestino.

Para o ministro, é desnecessário tentar levar a ajuda por mar, especialmente depois que, no domingo (20), foi suavizado o bloqueio a Gaza.

''Poderia surgir atrito que leve à violência, o que é totalmente desnecessário e injustificável com a abertura de Gaza'', alertou Barak na saída de uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Segundo ele, as autoridades israelenses não podem aceitar que ''ninguém navegue diretamente para Gaza''. O ministro responsabilizou Beirute pelas embarcações que possam partir da costa libanesa, assim como pelo material transportado.

O Líbano afirmou nesta segunda que permitirá que navios com ajuda humanitária para Gaza naveguem na costa do país. O grupo turco que mandou a flotilha interceptada no dia 31 de maio também prometeu mandar mais embarcações de auxílio.

Investigações

Barak também pediu a ONU que suspenda os planos para uma investigação internacional sobre o ataque da Marinha israelense à frota com ajuda humanitária para Gaza, no dia 31 de maio.

''Nosso ponto de vista atual é que enquanto novos navios estiveram rumando para Gaza, é melhor deixar as investigações esperando por algum tempo'', disse o ministro.

Sobre as investigações que o país conduz sobre o ataque disse que ''estamos avançando com nossas investigações independentes, que acreditamos ser confiáveis, criveis, com credibilidade e que deve ser deixada trabalhar.''

Israel anunciou na segunda-feira (14), a criação de uma comissão com a participação de dois observadores estrangeiros para investigar o ataque à frota em 31 de maio.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que o objetivo principal da investigação é provar ao mundo que a ação foi apropriada e seguiu padrões internacionais.

Na sexta (18), o secretário-geral da ONU disse que as investigações israelenses sobre o ataque de 31 de maio são importantes, mas não terão ''credibilidade internacional'', por isso ele estava insistindo que o governo de Israel concorde com a participação internacional e da Turquia.

Na segunda-feira (14), Ban Ki-moon, já havia dito que a proposta de investigações internacionais segue ''sobre a mesa'', apesar da decisão do governo de Israel de criar uma comissão interna para estudar o incidente.

Alívio

O Conselho de Ministros de Israel para Assuntos de Segurança formalizou neste domingo a decisão de aliviar o bloqueio à faixa de Gaza, em um plano coordenado com o ex-premiê britânico Tony Blair, que é emissário da União Europeia, Nações Unidas, EUA e Rússia.

Em reunião em Jerusalém, os ministros ratificaram a decisão, já tomada na quinta-feira (17), de ''liberalizar o método pelo qual entram em Gaza bens civis'' e de fazer isso ''o mais rápido possível'', como afirma um comunicado oficial do escritório do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.

A nota explica que a decisão contempla a ''publicação de uma lista de produtos proibidos limitada a armas e material de guerra, incluídos os de duplo uso (civil e militar)''.

Culpa

Um inquérito interno da Marinha de Israel apontou graves erros no ataque aos navios com ajuda humanitária que iam para faixa de Gaza no dia 31 de maio, afirmou neste domingo o jornal israelense ''Haaretz'', citando uma rádio oficial.

Os militares concluiram que a unidade de soldados que invadiu o navio ''Mavi Marmara'' não estava preparada, não tinha informações suficientes e não acertou na sua aproximação com a embarcação turco. No confronto entre ativistas e soldados, nove turcos morreram e alguns militares israelenses ficaram feridos.

No entanto, a análise chegou à conclusão que devido às condições que não foram levadas em conta, os militares agiram de acordo com as circunstâncias.

Ataque

No dia 31 de maio, militares israelenses atacaram uma frota internacional de ajuda humanitária que seguia para a faixa de Gaza com militantes pró-palestinos. Na ocasião, nove militantes turcos morreram e 20 pessoas ficaram feridas.

O ataque, realizado em águas internacionais, recebeu duras críticas de diversos países, que pedem, além de esclarecimentos a Israel, o fim do bloqueio a Gaza.

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