O jornal israelense "Maariv" afirma em reportagem publicada nesta quarta-feira que Israel e Estados Unidos fecharam um acordo no qual os judeus poderão concluir a construção em curso de 2.500 casas nas colônias da Cisjordânia.
O acordo teria sido concluído durante uma reunião nesta segunda-feira, dia 6, em Londres entre o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, e o enviado especial americano para o Oriente Médio, George Mitchell, completa o "Maariv", que não identifica suas fontes.
O acordo causa estranhamento já que Washington pressiona Israel para que encerre a expansão da ocupação em territórios palestinos, considerada pelos EUA e palestinos como essencial para negociar a paz na região. O presidente americano, Barack Obama, disse claramente ao premiê israelense, Binyamin Netanyahu, que visitou a Casa Branca, que exige a paralisação total da colonização na Cisjordânia e que não existe diferença entre colônias legais e ilegais.
Barak e Mitchell também teriam acordado que a construção nas colônias só deve ser completamente paralisada dentro de negociações regionais que incluam Síria e Líbano.
"Os americanos adotaram a posição israelense que estipula que o fim das construções nas colônias não deve constituir uma condição prévia às negociações, mas poderão intervir quando começar o processo de paz com os países árabes e com a Autoridade Nacional Palestina", afirma o jornal.
Procurado pela agência de notícias France Presse, Mark Regev, porta-voz de Netanyahu, se limitou a indicar que os "contatos prosseguem para alcançar um acordo". "O resto é apenas especulação", completou.
Fontes ocidentais afirmam que os EUA se movem na direção de concessões a Israel para que termine ao menos alguns dos projetos existentes ou que estão associados a contratos privados que não podem ser cancelados.
A concessão, afirma uma das fontes citadas pela agência de notícias Reuters, visa evitar danos para indivíduos.
Israel estima que 2.500 casas estão em construção e que não podem ser interrompidas, segundo a lei israelense. O jornal "Maariv" afirma que as casas estão em 700 prédios em vários acampamentos e que Washington concordou com sua conclusão.
Uma reportagem no jornal "Yedioth Ahronoth", o mais popular do país, foi maus cautelosa e afirmou apenas que Israel e EUA estão "próximos de um acordo" no tema.
Postado por: Felipe Pinheiro
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