Água com alto índice de radioatividade foi detectada no exterior do edifício que abriga o reator 2 e sua turbina na central nuclear de Fukushima (nordeste do Japão), anunciou nesta segunda-feira (28) a empresa Tokyo Electric Company (Tepco).
"Detectamos água acumulada em poços de um duto subterrâneo que desemboca no exterior do edifócio, com um nível de radioatividade superior a 1.000 milisieverts por hora", declarou um porta-voz da empresa. Os poços ficam a 60 metros do Oceano Pacífico e a água contaminada pode ter seguido até a margem. A usina foi abalada após o forte terremoto seguido de tsunami que devastou o país no dia 11 de março.
A empresa também detectou água contaminada no exterior dos edifícios dos reatores 1 e 3, mas com níveis de radioatividade muito inferiores.
Segundo a agência Kyodo, diante da inquietação para controlar os reatores, a Tepco apelou às empresas francesas por ajuda. Incêndios, explosões e vazamentos de radiação têm repetidamente forçado a suspensão dos esforços para estabilizar a planta, inclusive no domingo, quando os níveis de radiação dispararam para 100.000 vezes acima do normal na água dentro do reator 2.
O grupo ambientalista Greenpeace disse que detectou altos níveis de radiação fora de uma zona de exclusão.
Abastecimento
O ministério da Saúde do Japão pediu às engarrafadoras de água em todo o país que suspendam o uso de águas pluviais para evitar contaminações pelos resíduos radioativos da central de Fukushima. Além disso, o ministério ordenou no fim de semana aos distribuídores de água e estações de tratamento a cobertura dos depósitos com uma lona para isolar os locais de uma possível radiação.
Também devem evitar o abastecimento de água dos rios logo após as chuvas.
Tóquio, cidade de 13 milhões de habitantes, e diversos municípios próximos detectaram na semana passada um nível de iodo radioativo na água de torneira superior ao limite recomendado para os bebês.
Na quarta-feira, os habitantes de Tóquio receberam a ordem de não dar água de torneira aos bebês. Um dia depois a suspensão foi proibida.
O ministério da Saúde teme que as chuvas contenham elementos radioativos da central de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março. A situação gerou a pior crise da história nuclear civil do Japão.
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