O Japão anunciou nesta segunda-feira, 27, que pedirá à China que pague pelos danos causados a seus barcos da Guarda Costeira durante uma colisão com um navio de pesca chinês. As duas maiores economias asiáticas continuam a se confrontar sobre a questão.
Os jornais chineses acusaram o Japão de usar a disputa para ampliar sua aliança com os EUA, e alertaram que o governo japonês não poderia sustentar o prejuízo econômico de um confronto com a China.
Trocas verbais de agressão continuaram durante dias na disputa entre os vizinhos sobre a detenção de um capitão de um barco de pesca chinês que colidiu com dois navios da Guarda Costeira japonesa. Ele foi libertado e enviado de volta ao seu país no final de semana.
A China, que se torna cada vez mais confiante no cenário regional e global, exigiu do Japão um pedido de desculpas e pagamento de compensação.
O Japão rejeitou as demandas, pedindo que os chineses cubram os danos do incidente do dia 7 de setembro. A colisão ocorreu próximo a ilhas disputadas pelos dois países, conhecidas pelos chineses como Diaoyu e Sankaku pelos japoneses.
A disputa gerou receios sobre o prejuízo às relações comerciais sino-japonesas num momento em que o Japão se torna cada vez mais dependente do dinamismo da China para seu crescimento.
O incidente também ilustrou a fragilidade das relações entre a China e o Japão, afetadas pelas recordações dos chineses sobre a ocupação japonesa no período de guerra no século passado, a desconfiança militar e as disputas territoriais marítimas.
Postado por: Guilherme Pilão
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