Moradores da torre mais alta do mundo, Burj Khalifa, em Dubai, têm de quebrar seu jejum diário no mês sagrado do Ramadã dois minutos depois que o resto da cidade, explicou o principal clérigo de Dubai.
A uma altura de 828 metros, aqueles que moram nos andares superiores ainda conseguem ver o sol depois que ele se põe para o resto do centro financeiro e turístico do golfo.
Torre de Burj Khalifa, com 828 metros, é vista ao fundo em Dubai. Em primeiro plano,
a torre de uma mesquita (Foto: Kamran Jebreili/AP)
Autoridades religiosas insistem que os muçulmanos que fazem o jejum durante o mês sagrado precisam se assegurar, antes de quebrar o jejum, que o sol não pode ser avistado no horizonte.
O por-do-sol de cada dia marca a permissão para o "Iftar", desjejum após várias horas sem comer, beber, fumar ou fazer sexo, ao qual os muçulmanos se submetem durante o mês sagrado do Ramadã.
"Burj Khalifa tem quase um quilômetro de altura, o que significa que as pessoas nos andares mais altos ainda vêem o sol, depois que ele se põe", afirmou Ahmed Abdul Aziz al-Haddad à Reuters neste domingo (7).
"Por isso, eles não podem quebrar o jejum como o resto da cidade, existe uma diferença de dois minutos", disse al-Haddad, mufti de Dubai, um clérigo muçulmano que toma decisões sobre regras e questões da lei e da prática religiosa.
Haddad disse que um clérigo muçulmano enfrentou o mesmo problema mil anos atrás, quando foi questionado se guardas no topo do Farol de Alexandria deveriam quebrar o jejum com o resto da cidade.
"Sua resposta foi que eles (os soldados) só poderiam quebrar o jejum quando eles vissem que o sol tinha ido embora", disse Haddad.
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