O ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, e o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, concordaram com um plano de paz proposto pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para pôr fim à crise no país norte-africano,afirmou nesta quinta-feira (3) a TV árabe Al Jazeera.
Chávez conversou com Kadhafi na terça-feira e apresentou sua proposta de buscar uma solução negociada para a violência na Líbia, declarou o ministro da Informação da Venezuela, Andrés Izarra, sem dar detalhes do plano.
Uma autoridade contatada pela Reuters disse não saber o que Kadhafi afirmou em relação ao plano de Chávez de enviar representantes de diversos países à Líbia. No entanto, a Al Jazeera reportou que, durante a conversa, Kadhafi aceitou o plano, que envolveria uma comissão integrada por países da América Latina, Europa e Oriente Médio, com o objetivo de buscar uma saída negociada entre o líder líbio e forças rebeldes.
Segundo a Al Jazeera, a Liga Árabe também aceitou o plano.
Chávez diz que a comunidade internacional deveria buscar uma solução não militar para o conflito e acusou os Estados Unidos de exagerarem o problema na Líbia para justificar uma suposta invasão.
Mas o chefe do Conselho Nacional Líbio, Mustafa Abdel Jalil, disse que rejeita o acordo "inteiramente", também segundo a Al Jazeera.
Ele também disse que o conselho, formado em Benghazi depois do começo das revoltas contra Kadhafi, não foi consultado sobre a possibilidade de acordo.
Chávez lançou na segunda-feira a proposta de envio de uma missão internacional de paz à Líbia, formada por vários países amigos, para evitar uma guerra civil no país, tomado por uma rebelião contra o coronel Kadhafi, no poder desde 1969.
O líder venezuelano também advertiu que uma eventual intervenção militar externa na Líbia seria uma "catástrofe".
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