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Luta por desarmamento global ganha força com Obama

Luta por desarmamento global ganha força com Obama

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

A luta pelo desarmamento e pela não-proliferação de armas nucleares ganhou um novo impulso na semana passada na Europa. Em dois grande eventos globais - a reunião bilateral com a Rússia e a Cúpula do G-8, em L'Aquila, na Itália -, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reacendeu as esperanças de um mundo mais seguro ao defender, com apoio da França e da Grã-Bretanha, a redução de arsenais e a moratória na produção de novos artefatos pelo Irã e pela Coreia do Norte.

A ofensiva contra as bombas atômicas teve início em 5 de abril, em Praga, quando Obama fez um discurso por "um mundo sem armas nucleares". Se essa proposição soa utópica, as propostas de desarmamento são concretas e vieram às mesas na semana passada. Na segunda-feira, Obama e o presidente russo, Dmitry Medvedev, assinaram um acordo fixando metas de redução de arsenais de mísseis e do total de ogivas nucleares, que deve se estabilizar entre 1.500 e 1.670 para cada país nos próximos sete anos.

Na quinta-feira, 9 de julho, na Itália, não houve acordos assinados, mas um consenso entre os líderes do G-8: a condenação unânime dos testes nucleares da Coreia do Norte e do programa nuclear do Irã. O G-8 é formado pelos sete países mais ricos do mundo - EUA, Canadá, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália - mais a Rússia.

O consenso alcançado no encontro do grupo em L'Aquila é o de que as potências nucleares só poderão cobrar o compromisso da não-proliferação se derem o exemplo. "Uma mensagem forte sobre a não-proliferação está sendo enviada pelas grandes potências, que não podem mais ser acusadas de dizer 'Faça o que eu digo, não o que eu faço'", disse Corentin Brustlein, especialista em Defesa do Instituto Francês de Relações Internacionais. "O discurso visa a impedir que a Coreia e o Irã cheguem às armas nucleares."

Importância brasileira

Nessa corrida antiarmamentista, o Brasil tem um papel a desempenhar, entende o governo dos EUA. "Por causa da força e da profundidade das relações comerciais entre os dois países, o Brasil pode ter um papel ao reiterar que o Irã tem responsabilidades com a comunidade internacional no que se refere ao programa nuclear", afirmou Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca.

A importância estratégica do Brasil - a única nação comprometida, em sua Carta, a usar a energia nuclear para fins pacíficos - pode levar o país a obter um assento em um mais importante fórum mundial, em 2010. A convite da Casa Branca, entre 25 e 30 países serão convidados a participar da Cúpula sobre a Segurança Nuclear e a Luta contra o Tráfico de Material Nuclear. A dica foi dada por Gibbs: "Obviamente, o presidente (Obama) acredita que o Brasil pode ser um parceiro estratégico íntimo dos EUA em muitos temas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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