Da Espanha à Bulgária, a máfia russa parece estar bem implantada na Europa e pode ter contatos com membros do poder político em Moscou, advertem telegramas diplomáticos americanos divulgados pelo site WikiLeaks nesta terça-feira (7). Na Espanha, a embaixada americana mencionou em agosto de 2009 duas operações importantes, chamadas "Troika" (2008-2009) e "Avispa" (2005-2007), contra as redes "russas", que levaram à prisão de mais de 60 suspeitos, incluindo quatro chefes da máfia russa no exterior.
Durante uma reunião em Madri do grupo de trabalho americano-espanhol sobre o crime organizado, o promotor José "Pepe" Grinda González, que dirigiu a operação "Avispa", "considera que Belarus, Chechênia e Rússia são quase estados mafiosos", e adverte que Ucrânia segue pelo mesmo caminho, revela um telegrama de fevereiro de 2010.
Segundo Grinda González, a máfia russa já exerce "um enorme controle" sobre setores estratégicos, como o alumínio.
O promotor espanhol cita possíveis laços entre alguns mafiosos na Espanha e altos funcionários russos, e pergunta até que ponto isto "envolve" o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.
O crime organizado na Bulgária, país que entrou na União Europeia em 1º de janeiro de 2007, é objeto de um telegrama do dia 7 de julho de 2005 procedente da embaixada americana de Sofia.
"A Rússia segue exercendo uma influência significativa na economia búlgara, por meio das importações de energia, incluindo petróleo, gás natural e combustível nuclear".
A embaixada americana cita as atividades na Bulgária de uma companhia petroleira russa que teria "fortes laços com os serviços russos de inteligência e com o crime organizado".
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