A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou nesta quinta-feira (19) que quer um europeu como o próximo chefe do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) e que a renúncia de Dominique Strauss-Kahn antes do fim de seu mandato é um argumento a favor disso.
"Minha opinião é que nós deveríamos propor um candidato europeu. Claro que, atualmente, há negociações sobre isso, eu não citarei muitos nomes, mas nós discutiremos isso dentro da União Europeia. É de grande importância encontrarmos uma solução rápida."
Em comunicado divulgado, o FMI anunciou que Strauss-Kahn apresentou sua renúncia esta noite perante o diretório da instituição financeira.
É com imensa tristeza que me sinto obrigado a apresentar ao Conselho Administrativo minha renúncia ao posto de diretor-gerente do FMI, disse Strauss-Kahn, em comunicado. Quero dizer que nego com a maior veemência todas as acusações que foram feitas contra mim, disse.
Strauss-Kahn está preso em Nova York, acusado de tentativa de estupro contra a camareira de um hotel. Na sexta-feira (20), ele terá nova audiência com a juíza do caso.
O FMI informou que, em breve, irá iniciar um processo de seleção para substituir Strauss-Kahn. Enquanto isso, John Lipsky, número dois na hierarquia, assumirá interinamente o comando da entidade.
Uma audiência para definir pagamento de fiança no caso de Strauss está marcada para esta quinta-feira (19) em Nova York, informou nesta quarta (18) Erin Duggan, porta-voz do tribunal. Seus advogados haviam proposto fiança de US$ 1 milhão, recusada pela juíza do caso na segunda-feira (16).
Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, enviou nesta quarta-feira (18) carta aos representantes do G20 expressando a posição brasileira sobre a sucessão de Dominique Strauss-Kahn na direção do Fundo Monetário Internacional.
O Brasil sempre apoiou a posição de que a seleção deve ser baseada no mérito, independentemente da nacionalidade. Já se passou o tempo em que poderia ser remotamente apropriado reservar esse importante cargo para um cidadão europeu, disse o ministro.
Mantega afirma na carta que é preciso estabelecer critérios para a seleção do novo nome.
De acordo com ele, o processo deve assegurar a representatividade e a legitimidade do FMI. Por isso Mantega defende que a decisão só seja tomada após consulta a todos os países membros do G20.
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