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Moradores de ilha da Coreia do Sul fogem após ataque norte-coreano

Moradores de ilha da Coreia do Sul fogem após ataque norte-coreano

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

Sentindo frio e medo, centenas de moradores da ilha sul-coreana de Yeonpyeong fugiram nesta quarta-feira (24) para o continente, e muitos prometem não voltar mais às suas casas, depois do bombardeio norte-coreano da véspera .

Pelo menos dois civis e dois soldados morreram, e dezenas de casas foram incendiadas, segundo o governo sul-coreano. Foi o ataque mais violento na região desde o final da Guerra da Coreia, em 1953.

'Não vou voltar', disse o agricultor Kim Ji-kwon, de 53 anos. 'Deixei para trás tudo o que eu tinha.'    A pequena ilha, apenas 120 quilômetros a oeste de Seul e bem perto da zona de fronteira marítima disputada, abriga cerca de 1.600 civis e 1.000 militares. Ela é reivindicada pela Coreia do Norte, mas ocupada pelo Sul desde o final da guerra.   Na quarta-feira, cerca de 340 residentes, a maioria mulheres, crianças e idosos, estavam sendo retirados da ilha por embarcações da Guarda Costeira, após passarem a noite insones em um gélido abrigo antiaéreo improvisado, com medo de que o bombardeio recomeçasse.

Isso não aconteceu, mas a trégua não serviu de consolo para Cho Soon-ae, que desembarcou em lágrimas no porto de Incheon, levando sua filha pequena. 'Minha casa foi toda queimada. Perdemos tudo. Não tenho nem uma muda de roupas íntimas', contou ela, que iria se instalar em um albergue público.

Centena de pessoas já haviam deixado a ilha na terça-feira, mas muitas preferiram ficar, já que as desocupações promovidas pela Guarda Costeira eram voluntárias.

Byun Jong-myoung, que deixou a ilha há muitos anos e foi ao cais de Incheon receber uma cunhada, contou que de Yeonpyeong 'dá para ver a Coreia do Norte, (mas) não dá para ver a Coreia do Sul'. 'Mas, em todos esses anos', disse ele, 'nunca nos sentimos inseguros.' Byun afirmou que tentaria convencer a família do seu irmão a se mudar da ilha.

Kim Hoon-yi, que estava visitando seus sogros na ilha, com seu filho de 3 anos, disse que o mais difícil na hora do bombardeio foi entender o que estava acontecendo.

'Algumas pessoas diziam que era guerra. Algumas que era a Coreia do Norte invadindo. Algumas disseram que era a nossa artilharia militar que disparou por engano. Mas era grande demais, a fumaça e o fogo estavam disseminados demais para ser um engano.'    

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