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Morales assume segundo mandato, mas antes participa de cerimônia pré-inca

Morales assume segundo mandato, mas antes participa de cerimônia pré-inca

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

Reeleito presidente da Bolívia, Evo Morales toma posse de seu segundo mandato na próxima sexta-feira, dia 22. Morales ficará mais cinco anos no poder - resultado de forte pressão feita por ele para mudar a legislação eleitoral do país.  Representante dos indígenas, antes de ser novamente reconduzido ao poder, ele vai se submeter a uma cerimônia de bênção, tradição dos povos pré-incas.

A cerimônia será realizada em um povoado a 70 quilômetros da capital boliviana. A indígena mais velha e uma menina vão guiar a cerimônia. O objetivo é que os espíritos da sabedoria guiem Morales em mais esta etapa de governo.

Cercado por misticismo, aprovação popular  e o conforto de ter maioria no Congresso, Morales quer realizar obras para cada um dos nove departamentos (o equivalente a estados no Brasil) bolivianos, construir termelétricas em Santa Cruz (reduto da  oposição) e estradas. Segundo ele, uma das prioridades é por em prática projetos de infraestrutura.

Antes, porém, Morales terá outro desafio: garantir que correligionários ocupem os governos e prefeituras das principais regiões do país. Em 4 de abril, os eleitores da Bolívia vão às urnas para escolher nove governadores, 234 deputados estaduais, 327 prefeitos e 1.700 conselheiros municipais.

A Bolívia é um dos países mais pobres da América Latina. O país sofre com elevados índices de desemprego, de violência e desnutrição, principalmente entre os indígenas e seus descendentes. Com maioria de indígenas, os menos favorecidos veem no governo de Morales a possibilidade de melhoria social.

Durante as eleições em dezembro, no entanto, o presidente reeleito manteve uma relação dura com seu adversário, Manfred Reyes Villa. Ambos trocaram insultos e houve ameaças mútuas. Irritado com as provocações de Villa, Morales disse que modificaria a legislação para prender Villa por suspeita de corrupção. Mas a ameaça não se concretizou.

Morales venceu Villa com mais de 60% dos votos. Cerca de 5 milhões de bolivianos votaram, incluindo os que vivem no exterior. A eleição mostrou ainda que ele tem eleitores fora do grupo de indígenas e seus descendentes.

No começo do ano passado, em abril, Morales aprovou a  reforma da legislação eleitoral, antecipando as eleições para dezembro de 2009. Antes, anunciou que faria greve de fome se a reforma defendida por ele não fosse aprovada pelo Congresso. As alterações também permitiram que o peso eleitoral em caso de vitória do candidato majoritário funcione como critério de proporcionalidade.

Por: Renata Giraldi

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