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Na Libéria, homem com Ebola vai ao mercado e causa confusão

Fonte: Globo.comAtualizado: terça-feira, 2 de setembro de 2014 às 19:36
Funcionários da saúde cercam paciente que fugiu da quarentena de hospital na Libéria
Funcionários da saúde cercam paciente que fugiu da quarentena de hospital na Libéria

Um paciente com ebola fugiu da quarentena em um hospital de Monróvia, capital da Libéria, e foi até uma feira para conseguir comida, assustando as pessoas que estavam na área. Médicos foram atrás dele e o forçaram a entrar numa ambulância. Ele estava identificado com um sinal que mostra que ele havia sido testado positivamente para o vírus mortal. O incidente ocorreu nesta segunda-feira (1º).

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmou nesta terça (2) que o mundo está perdendo a batalha contra o ebola e pediu que haja uma resposta biológica mundial que proporcione ajuda e pessoal para a África Ocidental.

"Seis meses com a pior epidemia de ebola da história, o mundo está perdendo a batalha. Os líderes não conseguiram tomar as medidas adequadas contra esta ameaça transnacional", afirmou a presidente da MSF internacional, Joanne Liu, em uma sessão de informações na sede da ONU em Nova York.

"O anúncio (da Organização Mundial da Saúde) de 8 de agosto de que a epidemia constitui 'uma emergência de saúde pública que preocupa internacionalmente' não levou à adoção de medidas decisivas e os estados se mantêm em uma coalizão global de inação".

Liu pediu à comunidade internacional que financie mais leitos para formar uma rede regional de hospitais de campo, envie pessoal treinado e laboratórios móveis para Guiné, Serra Leoa e Libéria.

Ameaça à alimentação
Também nesta terça-feira, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), alertou que a epidemia de ebola colocou colheitas em risco e fez preços subirem no oeste da África, de acordo com a agência Reuters.

A entidade emitiu um alerta especial para Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países mais afetados pelo surto, que matou cerca de 1.550 pessoas desde que o vírus foi detectado nas selvas remotas do sudeste de Guiné, em março.

Restrições aos movimentos das pessoas e a implementação de zonas de quarentena para conter a difusão da febre hemorrágica levou a compras desesperadas, falta de alimentos e aumento de preços nos países menos preparados para absorver o choque.

“Mesmo antes do surto do ebola, as famílias em algumas das áreas mais afetas estavam gastando até 80% de sua renda com alimentos”, disse Vincent Martin, chefe da unidade da FAO em Dacar, que está coordenando a resposta da agência.

“Agora, estes mais recentes aumentos de preço estão efetivamente colocando o preço dos alimentos fora de seus alcances”, disse Martin em um comunicado, acrescentando que a crise alimentar pode prejudicar a contenção da doença, que é tipicamente espalhada pelos fluídos corporais dos doentes.

A produção de arroz e milho cairá durante a estação de colheita que se aproxima, à medida que restrições de migração e movimentos causam falta de mão de obra nas fazendas, disse a FAO.

O Programa de Alimentos das Nações Unidas e a FAO aprovaram um programa de emergência para entregar 65 mil toneladas de alimentos a 1,3 milhão de pessoas afetadas pelo ebola, em três meses.

 

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