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'Não esperava tanta arrogância, grosseria e falta de ética', dispara Putin

'Não esperava tanta arrogância, grosseria e falta de ética', dispara Putin

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:05

O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, expressou na quarta-feira, 1º, seu mal-estar pelas caracterizações que os EUA fizeram dele e do presidente russo, Dmitri Medvedev, nos telegramas diplomáticos revelados pelo site WikiLeaks. Putin disse que não esperava tanta "arrogância, grosseria e falta de ética".   Em entrevista concedida a Larry King, da emissora CNN , Putin assegurou que as afirmações de diplomatas americanos em um dos telegramas de que ele é 'Batman' e Medvedev é 'Robin' têm o objetivo de "desonrar" os dois.

"Para ser honesto, não esperávamos tanta arrogância, tanta grosseria e de forma tão pouco ética", disse Putin, que avaliou, no entanto, que o vazamento "não é uma catástrofe".

O primeiro-ministro também se referiu a um dos telegramas, no qual o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse a seu colega francês que "a democracia russa desapareceu e o governo é uma oligarquia dirigida pelos serviços de segurança".

Putin rejeitou taxativamente esta afirmação e assegurou que Gates estava "muito errado", manifestando que as autoridades americanas não devem interferir nos assuntos internos da Rússia.

Neste contexto, Putin disse que no momento adequado decidirá "de comum acordo" com Medvedev quem será o candidato nas eleições presidenciais e se apresentará novamente em 2012.

Na entrevista, Putin advertiu a Washington que a Rússia desenvolverá novas armas nucleares se os EUA não ratificarem o tratado de desarmamento nuclear Start, assinado em abril por Medvedev e Barack Obama. O novo tratado Start reduziria em cerca de 30% o número de ogivas nucleares, para 1.550 para cada um dos países.

O primeiro-ministro russo também disse que "seria muito tolo" se os EUA ignorassem seus próprios interesses, mas se os americanos fizerem isso, "então a Rússia teria que reagir de alguma maneira".

O WikiLeaks divulgou no domingo cerca de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos EUA que revelaram segredos da política externa americana. Os documentos foram publicados pelos jornais The Guardian, New York Times, Le Monde e El País e pela revista alemã Der Spiegel e se referem desde os anos 1960 ao início de 2010.

O WikiLeaks é um site que se dedica a revelar documentos secretos de vários países. Neste ano, o site divulgou cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra do Iraque. Antes disso, o WikiLeaks já havia divulgado 90 mil relatórios confidenciais sobre abusos cometidos no Afeganistão.    

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