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O início do fim de uma era na Grã-Bretanha

O início do fim de uma era na Grã-Bretanha

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

A Grã-Bretanha deu a largada ontem para as eleições que prometem mudar o cenário político no país daqui a um mês, em 6 de maio. Após escândalos envolvendo gastos de parlamentares e em meio a uma forte recessão, a expectativa é de que os britânicos elejam o Partido Conservador, acabando com 13 anos de hegemonia dos trabalhistas no poder.

O primeiro-ministro Gordon Brown reuniu-se com a rainha Elizabeth II, no Palácio de Buckingham, para pedir a dissolução do Parlamento – que será fechado na próxima segunda-feira após concluir seus trabalhos. A medida é uma tradição que dá início à campanha para as eleições gerais. Brown, que nunca venceu uma eleição nacional como líder de seu partido, tem uma difícil tarefa. Os trabalhistas estão 10 pontos percentuais atrás dos conservadores e seu articulado líder David Cameron em algumas pesquisas (veja quadro), mas o mapa eleitoral mostra que o resultado do pleito ainda é incerto.

Uma derrota encerraria uma era que começou com a grande vitória do ex-premier Tony Blair em 1997 – ele conseguiu três triunfos consecutivos para a legenda de centro-esquerda. Já o Partido Conservador, ao qual pertenceram os ex-primeiros-ministros Margaret Thatcher e Winston Churchill, espera vencer a eleição nacional pela primeira vez desde 1992.

As questões econômicas dominarão a campanha. Tanto os trabalhistas quanto os conservadores dizem que vão reduzir os gastos e combater o déficit orçamentário de 167 bilhões de libras (R$ 448 bilhões), mas a diferença está na profundidade e no cronograma em que os cortes serão feitos. Brown prometeu “lutar em nome das famílias de classe média que trabalham duro e das que têm pouca renda” e disse que apenas os trabalhistas podem manter a economia longe de uma segunda crise.

– A Grã-Bretanha está no caminho da recuperação, e nada que façamos deve colocar isso em risco – declarou.

Oposição quer atrair mulheres e minorias

Cameron, por sua vez, afirmou que seu objetivo é convencer os britânicos comuns de que ele pode liderar o renascimento econômico e lutar pelo “povo britânico, amplamente ignorado, honesto e trabalhador”.

– Trata-se da eleição mais importante para uma geração, e a questão é: vocês não têm de suportar outros cinco anos de Gordon Brown – disse ontem o conservador do lado de fora do Parlamento, acompanhado da mulher, Samantha, que está grávida.

Cameron, 43 anos, quer substituir a imagem antiquada dos conservadores por uma marca mais moderna e atrair mais mulheres e minorias étnicas para um partido dominado por homens ricos e brancos como ele mesmo. A desilusão com os atuais políticos pode beneficiar também legendas pequenas, entre elas os Verdes e o racista Partido Nacional Britânico, nenhum dos quais com representação no Parlamento atualmente.

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