O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (13) que planeja reduzir o déficit público dos EUA em US$ 4 trilhões em no máximo 12 anos.
Obama, que é candidato à reeleição em 2012, anunciou seu plano de cortes em um discurso na Universidade George Washington, na capital.
O democrata disse que os cortes "colocam todos os gastos sobre a mesa", mas protegem a classe média, os aposentados e os investimentos no futuro.
O plano será aplicado gradualmente, para não atrapalhar a recuperação econômica e não afetar o mercado de trabalho, segundo a Casa Branca.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anuncia seu plano para reduzir o déficit público, nesta quarta-feira (13), em Washington (Foto: AFP) Obama disse que resolver a questão do déficit vai requerer "sacrifícios amplos". Ele pediu dedicação dos parlamentares democratas e republicanos para que trabalhem para transformar o plano em leis.
Obama advertiu que o crescente déficit poderia custar empregos, afetar a economia e forçar o país a ter de emprestar mais de outros países, como a China.
"Se nossos credores começarem a se preocupar que podemos não conseguir quitar nossas dívidas, isso poderia elevar as taxas de juros para todos que emprestam dinheiro", disse. "Ficando mais difícil para os negócios se expandirem e contratarem, os para famílias conseguirem hipotecas."
"Mas nós podemos resolver esse problema", disse.
Benefícios
O democrata disse que se recusa a renovar os benefícios fiscais da era Bush para os mais ricos.
"Não podemos bancar cortes de US$ 1 trilhão para cada milionário e bilionário em nossa sociedade. Eu me recuso a renová-las", disse.
O tamanho dos cortes no orçamento federal vem provocando acirrados debates entre o governo democrata e a oposição republicana, que quase provocaram a paralisação da máquina federal na semana passada, resultando em um acordo de última hora para aprovar o orçamento do restante de 2011.
Antes de discursar, Obama se reuniu com líderes democratas e republicanos no Congresso.
A questão fiscal prometer ser uma das mais importantes da campanha eleitoral. A oposição republicana vem acusando Obama de não ter conseguido lidar com o problema em seu primeiro mandato.
Antes de se dirigir à Casa Branca para o encontro com Obama, Eric Cantor, o número dois dos republicanos na Câmara dos Representantes, criticou a abordagem de Obama.
"Esse é um Obama antiquado. Ele fica de lado esperando que o restante de nós tome as decisões difíceis", disse.
Após o encontro, o maior adversário republicano do presidente, John Boehner, também mencionou a questão dos impostos.
"Acho que o presidente nos escutou em alto e bom som. Se vamos resolver nossas diferenças e fazer algo significativo, aumentar impostos não seria parte disso", declarou.
Os republicanos frequentemente usam os dados da dívida americana - como um déficit anual de US$ 1,6 trilhão previsto para este ano e um déficit público acumulado de US$ 14,27 trilhões - como armas políticas.
Mas os democratas atacam de volta, lembrando que o último presidente democrata, Bill Clinton, deixou de herança um superávit orçamentário para a administração George W. Bush, que, segundo eles, criou um déficit com cortes de impostos para os ricos e guerras que não foram pagas.
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