O Conselho de Segurança da ONU declarou nesta quinta-feira (9) , em comunicado formal, que o candidato da oposição à presidência da Costa do Marfim Alassane Ouattara venceu a eleição.
O comunicado acontece após três dias de debate na organização, nos quais a Rússia manifestou preocupações de que a ONU estivesse ultrapassando os limites de suas atribuições.
Mesmo sob pressão internacional, o presidente em exercício no país, Laurent Gbagbo, se recusa a deixar o poder.
Ouattara trabalha de um quarto de hotel de luxo em Abidjan, a maior cidade do país, protegido por soldados da força de paz da ONU.
No comunicado, o Conselho de Segurança disse condenar 'nos te/rmos mais fortes' qualquer tentativa de 'subverter a vontade do povo' na Costa do Marfim.
A nota disse ainda que a decisão de apoiar o resultado das eleições seguiu a do bloco regional africano Ecowas, que suspendeu o país depois que o presidente Gbagbo decidiu permanecer no governo.
A correspondente da BBC na ONU em Nova York Barbara Plett diz que atrelar a decisão de apoiar Ouattara ao bloco africano pode ter sido uma concessão à Rússia, que demonstrou receio de que apoiar um candidato seria uma extrapolação das atribuições da ONU.
No entanto, a representante dos Estados Unidos Susan Rice disse que a missão da ONU na Costa do Marfim tem o poder de certificar uma eleição por causa de um tratado de paz assinado após a guerra civil de 2002 no país.
O apoio do Conselho de Segurança a Ouattara deixa Laurent Gbagbo quase sem apoio na comunidade internacional, segundo a correspondente da BBC.
Em Abidjan, os dois candidatos tem seus próprios gabinetes de governo, aumentando a tensão no país.
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