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'Parece coisa de filme', diz brasileiro que tenta deixar a Líbia

'Parece coisa de filme', diz brasileiro que tenta deixar a Líbia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:54

Treinador de goleiros da seleção de futsal da Líbia, o carioca Marcelo Gallina, 40 anos, se apresentou para o treinamento marcado para a manhã desta terça (22), mas ninguém apareceu.

Ele então pegou a mala e se dirigiu para o aeroporto da capital Trípoli a fim de tentar embarcar em um voo para deixar o país.

Gallina estava havia dois dias trancado em seu apartamento, em um condomínio fechado em Trípoli. Com contrato até 2012, ele vive no país desde maio do ano passado.

Ao G1 , contou que estocou alimentos para pelo menos sete dias e que evitava sair de casa devido aos conflitos nas ruas.

A situação do país se agravou nesta semana. Os protestos, que estavam concentrados na cidade de Benghazi, chegaram à capital, Trípoli. Aeronaves militares teriam atacado uma multidão de manifestantes. Segundo fontes não-oficiais, há mais de 400 mortos.

“Parece coisa de filme. O espaço aéreo foi fechado. Tentei sair de casa [na segunda, 21] e não consegui. Tem manifestantes por todos os lados, pessoas armadas com pedaços de pau, pedras, tiros por todos os lados. Nem táxi consegui para ir até o aeroporto. Voltei para casa e encontrei uma loja aberta”, disse o treinador pelo Skype, programa de telefonia via internet.

Gallina estava sem contato com a família desde sexta-feira (18). Na última terça (15), o time chegou da Itália onde estava treinando. Ele conta que a equipe treinou normalmente no sábado (19) e no domingo (20).

Familiares

Do Rio de Janeiro, a mulher de Gallina, Mônica, acompanha pela imprensa as notícias sobre a situação na Líbia. Casada com Marcelo Gallina há 21 anos, ela preparava a primeira viagem para a Líbia no feriado de Carnaval, mas adiou os planos devido aos problemas políticos no país.

“Eu não vejo a hora de ele entrar num avião e voltar para casa. Depois que consegui falar com ele, fiquei um pouco mais calma, mas a situação que a gente vê pela imprensa é muito complicada. Eu quero que ele volte por enquanto para casa”, disse Mônica.    

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