A Eurocâmara aprovou nesta quinta-feira, dia 11, por ampla maioria uma resolução que condena a "evitável e cruel" morte do preso político cubano Orlando Zapata e, além disso, fez um alerta contra o possível "desfecho fatal" da greve de fome do dissidente Guillermo Fariñas.
O texto, objeto de consenso prévio entre os principais grupos políticos, "condena duramente a evitável e cruel morte" de Zapata, ocorrida em 23 de fevereiro após uma greve de fome de 85 dias, e critica a tentativa do governo cubano de obstruir a organização do funeral.
A resolução foi aprovada por 509 votos favoráveis, 30 contrários e 14 abstenções.
O texto também "deplora a ausência de todo qualquer significativo" de Havana em resposta aos pedidos da comunidade internacional a favor da libertação de todos os presos políticos. A Eurocâmara lembra que as detenções são contrárias à Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Os eurodeputados também alertam para o "alarmante estado de saúde" do jornalista Guillermo Fariñas, que entrou em greve de fome um dia depois da morte de Zapata, o que resultar em um "desfecho fatal".
A resolução aprovada pelas grandes bancadas políticas, incluindo conservadores e socialistas, é uma dura condenação a Havana, no momento em que a Espanha, que ocupa a presidência semestral da União Europeia (UE), pretendia estreitar as relações entre o bloco e a ilha comunista.
Os deputados do Parlamento Europeu também pedem aos governantes do continente uma intensificação das medidas para exigir a liberdade dos presos políticos, além de promover e garantir o trabalho dos defensores dos direitos humanos na ilha, para possibilitar a abertura de um "diálogo estruturado" com a sociedade civil cubana.
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