Um palangreiro de bandeira queniana, armador galego e comandado por um português de nacionalidade espanhola foi sequestrado por piratas, na passada semana, quando pescava no Oceano Índico, ao largo da costa da Somália.
O sequestro foi comunicado na passada segunda-feira pelo comando da "Operação Atalanta", a missão da União Europeia de combate à pirataria. De acordo com um responsável do Programa de Assistência aos Marinheiros da África Oriental, é provável que os piratas venham a utilizar o "Sakoba" como navio-mãe para levar a cabo ataques a outras embarcações.
Ligação à Galiza
Andrew Mwangura não soube precisar o local onde o pesqueiro foi sequestrado, acrescentando, porém, que um responsável da companhia que opera o palangreiro estava a caminho do Quénia para negociar a sua libertação.
O "Sakoba" opera desde 2005 em águas do Quénia e da Tanzânia, com bandeira e licenças quenianas. A empresa armadora, a East Africa Deep Fishing, é do Quénia ainda que o pescado (peixe-espada, tubarão e espadarte) seja comercializado por uma empresa de Vigo, a Malaca Shipping.
Apesar do navio ter tido anteriormente bandeira espanhola, navega agora sob bandeira do Quénia, o que levou o Governo espanhol a não activar a sua célula de crise prevista para casos semelhantes, apesar de ter anunciado estar disponível para prestar o apoio diplomático que seja necessário. Os piratas da Somália intensificam a sua actividade entre finais de Fevereiro e Abril, período em que os ventos da monção ajudam as pequenas embarcações a abordar os grandes navios que passam no golfo de Aden. Citado pela agência Reuters, Andrew Mwangura confirmou a presença a bordo de uma tripulação constituída por 10 cidadãos quenianos, um espanhol (o capitão, de origem portuguesa mas com nacionalidade espanhola e residência em Vigo), um polaco, um cabo-verdiano, um namibiano e dois senegaleses.
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