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Plano de tropas na ilha japonesa de Yonaguni causa divisão

Plano de tropas na ilha japonesa de Yonaguni causa divisão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:56

A remota ilha de Yonaguni, no Mar da China Oriental, é conhecida por suas traças gigantes, pelo álcool Okinawa e uma formação rochosa no mar que alguns acreditam ser as ruínas submersas de uma civilização perdida, no melhor estilo de Atlântida.

Agora, Tóquio está elaborando planos para acrescentar ao local cerca de 100 soldados da Força de Autodefesa do Japão, os militares do país.     Yonaguni, com três aldeias minúsculas e um pequeno aeroporto, é o ponto mais ocidental do Japão, um local de onde Taiwan é visível em um dia claro. Também é o local mais próximo de terras de Senkakus, um pequeno grupo de ilhotas desabitadas controladas pelo Japão, mas também reivindicadas pela China e Taiwan, que as chamam de ilhas Diaoyu.

Isso colocou Yonaguni e seus 1,6 mil habitantes, quase todos velhos, desconfortavelmente perto de um confronto diplomático entre Pequim e Tóquio em setembro, quando um barco chinês foi detido perto das Senkakus. Desde então, o governo do primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, prometeu reforçar as defesas do Japão nas "ilhas periféricas" e parece perto de uma decisão sobre a pequena guarnição de Yonaguni, um plano que tem sido alvo de debates há anos.

"A China continua avançando e tudo o que temos para nos proteger agora é um par de pistolas", disse o prefeito de Yonaguni, Shukichi Hokama, referindo-se aos dois policiais que são a única presença de segurança na ilha.

Mas o plano de implantação criou um alvoroço incomum na ilha normalmente tranquila. Aqueles que são favoráveis à guarnição, liderados por Hokama, dizem que esperam que a base não traga apenas paz de espírito, mas também um aumento de vagas de empregos necessárias aos jovens, especialmente se os soldados vierem com suas famílias. Eles esperam que isso irá proporcionar crescimento para uma ilha economicamente deprimida.     Oposição

Os que se opõem dizem temer que os soldados iriam espantar o que eles veem como a melhor chance de um futuro econômico para a ilha – investidores e turistas da vibrante Taiwan, a apenas 65 quilômetros de distância. "Nossa escolha é entre a busca de intercâmbio econômico com Taiwan, ou a entrada das Forças de Autodefesa", afirmou Shoichi Miyara, um agricultor de cana-de-açúcar. "Nós devemos abraçar ou resistir?"

Para o líder dos opositores ao projeto, Yosuke Azato, um reparador de linhas telefônicas aposentado de 68 anos de idade, a resposta é claramente abraçar. Ele disse que antes da guerra, Yonaguni tinha estreitos laços econômicos com Taiwan, então uma colônia japonesa.

Azato cresceu na ilha durante o pós-guerra e disse que Yonaguni era um próspero centro de envio de produtos para Taiwan, o que elevou a população da ilha a mais de 12 mil habitantes até que as forças de ocupação americanas chegaram em 1950. "A melhor proteção que podemos ter é ser parceiros econômicos deles", disse ele.          

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