A desativação da central nuclear de Fukushima Daiichi levará entre 30 a 40 anos, afirmou o governo japonês nesta quarta-feira (21), quando foi revelado o novo programa de trabalhos para a próxima fase de limpeza da usina nuclear. O trabalho será feito em várias etapas", explicou Goshi Hosono, ministro do Meio Ambiente, em uma entrevista coletiva.
Segundo a agenda, o primeiro passo será a retirada do combustível utilizado das piscinas de desativação dentro de dois anos. Ao mesmo tempo serão reforçados os sistemas de resfriamento para reatores e piscinas, assim como as diferentes instalações. A extração do combustível nos reatores 1 a 3 acontecerá em 10 anos e deve demorar mais de duas décadas.
Usina nuclear de Fukushima Daiichi (Foto: Reuters) Nos dois casos serão necessárias novas técnicas, destacou Hosono, já que a situação de Fukushima não tem precedentes: edifícios destruídos, um nível de radioatividade alto e combustível derramado sobre a plataforma de cimento da área de confinamento em três dos seis reatores do complexo.
O desmantelamento do complexo destruído pelo terremoto e tsunami de 11 de março não será concluído antes de 40 anos, prevê o governo. Temos que realizar os trabalhos evitando gerar novos riscos, disse o ministro da Indústria, Yukio Edano.
Na sexta-feira (16), o governo japonês confirmou que os três reatores nucleares do complexo nuclear de Fukushima, danificados pelo tsunami de março deste ano, alcançaram uma "parada fria" , ou seja, estão estáveis com temperatura abaixo de 100 graus centígrados. A etapa é importante pois marca a estabilização do local e abre o período de preparação para o desmantelamento.
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