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Polícia prende contador da herdeira da L'Oréal para novo interrogatório

Polícia prende contador da herdeira da L'Oréal para novo interrogatório

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:18

O principal consultor financeiro da herdeira da L'Oréal foi preso novamente nesta sexta-feira e levado às instalações da brigada financeira da polícia de Paris para ser interrogado sobre o escândalo de evasão fiscal e doações ilegais de campanha envolvendo a multimilionária.

Os investigadores querem que Patrice De Maistre esclareça algumas contradições entre seu primeiro interrogatório e as declarações do ministro do Trabalho francês, Eric Woerth, também envolvido no escândalo ligado a Liliane Bettencourt, de 87 anos.

Segundo o jornal "Le Monde", não coincidem as versões de ambos sobre a contratação da mulher de Woerth, Florence, na sociedade que gere a fortuna da herdeira do império L'Oréal.

O próprio Woerth assegurou ontem aos investigadores que não intercedeu para que ela conseguisse o emprego. Florence trabalhou na empresa quando Woerth estava no cargo de ministro do Orçamento (de 2007 a março de 2010). Ela se demitiu depois do estouro do escândalo.

De Maistre já esteve detido nos dias 15 e 16 de julho para declarar dentro da mesma investigação, junto a outros três membros do entorno de Liliane --seu amigo, o artista e fotógrafo François-Marie Banier; um de seus advogados, Fabrice Goguel; e o gerente da ilha que possui nas Seychelles, o espanhol Carlos Vejarano.

Os agentes tentarão esclarecer também as suspeitas de lavagem e fraude fiscal que pesam sobre ele e sua eventual responsabilidade em diferentes estruturas financeiras criadas para uma suposta evasão fiscal.

O próprio De Maistre reconheceu recentemente que sua cliente tinha duas contas não declaradas na Suíça, com 78 milhões de euros.

DENÚNCIAS

Claire Thiboult, ex-contadora de Bettencourt, denunciou que Woerth, TAMBÉM tesoureiro do governista UMP, teria recebido 150 mil euros em dinheiro vivo de De Maistre para a campanha presidencial de Nicolas Sarkozy, em 2007.

Thiboult afirma ainda que Maistre lhe pediu para retirar 50 mil euros em um caixa automático para dar a Woerth.

O financiamento é ilegal segundo a legislação francesa, que limita a 4.600 euros as doações a candidatos por pessoas físicas e determina que o repasse de verbas somente pode ser feito em espécie quando inferior a 150 euros.

A polícia francesa investiga ainda o conteúdo de gravações clandestinas entre Bettencourt e seus assessores, realizadas por seu ex-mordomo entre maio de 2009 e maio de 2010, as quais sugerem operações fraudulentas na gestão de sua fortuna.

As gravações revelam conversas entre a herdeira e seus conselheiros financeiros sobre, entre outras coisas, métodos para sonegar impostos. Os interlocutores dão a entender que Woerth, então ministro de Orçamento, estaria consciente das operações.

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