A tropa de choque da polícia ucraniana tenta dispersar os manifestantes pró-União Europeia acampados na Praça da Independência, no centro de Kiev, na madrugada desta quarta-feira (11).
A partir dos extremos da praça, os policiais foram acuando os manifestantes por volta das 2h no horário local (22h de terça em Brasília), removendo as barricadas e as barracas instaladas
A praça está ocupada há duas semanas por manifestantes contrários à decisão do governo de pôr fim às negociações para se tornar membro da União Europeia e à reconstituição dos laços econômicos com a Rússia.
Na noite desta terça-feira (10), terminou o prazo dado pelo governo da Ucrânia para que os manifestantes desocupassem o local. Apoiando-se em uma decisão judicial e pedindo aos manifestantes que mantenhivessem a calma, os policiais atravessaram as barricadas montadas em vários pontos da praça, palco de uma nova contestação popular.
Os manifestantes apresentaram resistência à ação da polícia e segundo as primeiras informações, o confronto foi violento e há vários feridos no local, disse o correspondente da Globo, Roberto Kovalick.
Os manifestantes gritavam "Vergonha!", "Nós vamos ficar!" e cantavam o hino nacional ucraniano.
"A polícia agiu em cooperação com os serviços comunitários para se livrar das barricadas que bloqueiam a passagem", declarou um porta-voz da polícia local.
A televisão mostrava tratores e funcionários de colete laranja desmontando as barricadas montadas pelos manifestantes. Enquanto centenas de ativistas cantavam o hino nacional, representantes da oposição presentes no local faziam preces.
O protesto nasceu da recusa do presidente Viktor Yanukovitch de assinar, no final de novembro, um acordo de associação com a União Europeia (UE).
Diante da operação na Praça da Independência, a União Europeia pediu às autoridades em Kiev que impeçam qualquer "emprego da violência contra os cidadãos comuns".
Em uma declaração postada no Facebook, a delegação da UE na Ucrânia informou ter "tentado entrar em contato" com as autoridades "para impedir o uso da violência contra os cidadãos".
A ação ocorreu mesmo depois da visita de dois principais diplomatas ocidentais para tentar terminar o impasse no país, que já dura semanas, entre a oposição e o presidente Viktor Yanukovich.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições