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Porta-voz de Zelaya culpa Micheletti por fracasso em acordo

Porta-voz de Zelaya culpa Micheletti por fracasso em acordo

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

Soldado caminha pelo palácio presidencial de Honduras; líder golpista Roberto Micheletti insiste em ficar no poder e fracassa acordo para por fim à crise que se arrasta há quatro meses, desde o golpe de 28 de junho

Jorge Reina, representante do presidente deposto Manuel Zelaya na Comissão de Verificação do Acordo Tegucigalpa-San José, declarou nesta sexta (6) que o acordo em Honduras fracassou ''por descumprimento'' do presidente golpista Roberto Micheletti.

Os ministros do governo golpista renunciaram nesta madrugada (horário de Brasília) a pedido de Micheletti, para que um governo de unidade nacional se forme em Honduras. Mas ele mesmo continua no poder. Além disso, o Congresso não votou a restituição de Zelaya nesta quinta (5), como se esperava.

O clima político ainda continua tenso no país porque Micheletti não indicou nenhum representante de Zelaya para o novo governo. Tanto o presidente deposto quanto o presidente golpista querem liderar o governo de unidade, emperrando o acordo.

Zelaya, que está refugiado na Embaixada do Brasil desde 21 de setembro, exigiu que o Congresso decidisse sobre sua volta antes da formação do governo de unidade. Mas o Legislativo sequer convocou o plenário para discutir o assunto.

Panos quentes

A Comissão de Verificação do Acordo Tegucigalpa-San José, que estabelecia quinta-feira como o último dia para instalar um governo de unidade em Honduras, assegurou que não há um ''clima de ultimato'' entre as partes.  

Octavio Bordón, representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) na comissão, disse que as conversas devem continuar nesta sexta.

Apesar de o prazo ter concluído à meia-noite, hora local (4h de Brasília), ''estamos trabalhando a madrugada toda e sexta, seguimos trabalhando'', disse.

Governo de unidade?

Antes do fim da quarta-feira, Micheletti anunciou a formação do que chamou Governo de Unidade e Reconciliação. Segundo o Acordo Tegucigalpa-San José, no entanto, o novo governo deveria ser composto por representantes das duas partes.

Micheletti reconheceu que o governo nomeado não conta com nenhum representante de Zelaya, que não mandou nenhuma proposta, porque exigia ser o líder da coalizão.

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