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Preso político morre em Cuba após 85 dias em greve de fome

Preso político morre em Cuba após 85 dias em greve de fome

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

O preso político Orlando Zapata Tamayo morreu nesta terça-feira (23) em um hospital de Havana após 85 dias em greve de fome, informaram membros da dissidência cubana.

O cubano, que pedia para ser tratado como "prisioneiro de consciência", morreu por volta das 16 horas locais (18h de Brasília) no hospital Amejeiras, para onde havia sido levado na noite desta segunda.

Zapata, de 42 anos, havia sido trasladado na noite de segunda do hospital do presídio Combinado del Este, de Havana, ao Hermanos Ameijeiras, devido a seu estado de saúde "muito grave", segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN).

Preso desde março de 2003, realizou a greve de fome em protesto pelas condições carcerárias, que deterioram sua saúde, afirmava. 

Segundo a CCDHRN ele é o primeiro preso político cubano a morrer na prisão desde a década de 70.

Zapata, um dos 75 cubanos considerados presos de consciência pela Anistia Internacional, havia sido inicialmente setenciado a três anos de prisão, mas sucessivas condenações, por outros motivos, elevaram a pena a mais de 25 anos, disseram fontes da dissidência.

O governo cubano não reconhece a existência de presos políticos no país - uns 200, segundo a dissidência - pois os considera "mercenários" a serviço dos Estados Unidos. 

Elizardo Sánchez, da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), disse que a morte do preso é uma "péssima notícia para todo o movimento cubano de direitos humanos e também para o governo".

Para ele, a morte do dissidente terá "graves consequências porque ele era um preso de consciência adotado pela Anistia Internacional (AI)". 

No último domingo, 50 dissidentes cubanos presos pediram em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que interceda por sua liberdade no encontro previsto para esta quarta-feira (24) com o presidente cubano, Raúl Castro, e seu irmão e antecessor, Fidel.

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