O primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, descartou nesta quinta-feira (3) que vá deixar o cargo, apesar de seu governo socialista estar abalado por uma grave crise política que ameaça tirar o país da zona do euro, informou a TV estatal.
A informação foi dada aos jornalistas no parlamento por um membro do gabinete de Papandreou, na abertura de uma reunião de gabinete extraordinária que foi convocada para encontrar uma solução para a crise na Grécia .
Primeiro-ministro grego, George Papandreou, chega a uma reunião de emergência no
Parlamento grego, em Atenas, nesta quinta-feira (3) (Foto: Yiorgos Karahalis/Reuters) As informações que Papandreou planejava apresentar sua renúncia nesta quinta-feira foram divulgadas mais cedo pelo jornal grego To Vima e pelo site da TV britânica BBC. Segundo o jornal grego, que citou informantes não identificados, Papandreou visitaria o presidente grego, Karolos Papoulias, para pedir que outros partidos concordem em formar um governo de salvação nacional. Mais cedo, vários parlamentares do governista Partido Socialista (Pasok) demonstraram que não apoiarão o premiê no voto de confiança programado para esta sexta-feira.
De acordo com a agência Reuters, Papandreou não renunciou ao cargo. A Reuters citou informações de uma fonte de dentro do gabinete do primeiro-ministro.
"Não há renúncia do primeiro-ministro. Ele vai falar ao Parlamento mais tarde nesta quinta, como agendado", disse a fonte à Reuters. "Não há renúncia do gabinete", acrescentou a fonte.
O primeiro-ministro grego convocou uma reunião de gabinete de emergência na manhã desta quinta, após vários parlamentares e membros do gabinete dentro de seu próprio partido atacarem seus planos de realizar um referendo sobre o pacote de ajuda da Europa ao país.
Oposição pede governo de transição
O líder da oposição grega, Antonis Samaras, pediu nesta quinta-feira a formação de um governo de transição para aprovar o plano de resgate do país acertado pela União Europeia e celebrar eleições legislativas.
"Peço a formação de um governo temporário de transição, com a responsabilidade exclusiva de celebrar eleições imediatamente e ratificar com o parlamento atual o acordo de empréstimo da UE", afirmou o conservador Samaras à TV local.
*Com informações da Reuters e da AFP
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