Quinze pessoas morreram nesta quarta-feira (23) na cidade síria de Deraa, cenário de manifestações sem precedentes contra o regime, segundo um novo balanço divulgado por militantes dos direitos humanos. Nove pessoas morreram nos confrontos entre forças de ordem e manifestantes antes do amanhecer, entre elas duas mulheres e uma criança. Outras seis pessoas morreram durante o enterro das vítimas da violência durante a noite.
Os militantes contrariaram a versão das autoridades sírias, segundo a qual houve apenas quatro mortes, vítimas de um grupo armado. O presidente sírio, Bachar al-Assad, promulgou um decreto estipulando "a destituição" do governador de Deraan Fayçal Khaltoum, indicou a televisão síria.
Os grupos de defesa dos direitos humanos alegam que as mortes foram causadas pelas tropas do governo, que atiraram indiscriminadamente em frente à mesquita de Omari, onde os manifestantes estavam tentando impedir que forças do governo invadissem o local.
A mesquita tem sido palco de manifestações antigoverno desde a última sexta-feira. Ao menos 10 pessoas teriam morrido até agora em choques entre policiais e soldados na Síria.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, havia exortado, mais cedo, o governo do presidente, Bashar al-Assad, a pôr fim ao que chamou de "uso excessivo da força"."As pessoas têm o direito legítimo de expressar suas reivindicações e demandas em relação a seu governo", disse Pillay.
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