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Presidente timorense foi o terceiro mais votado; Lu Olo e Taur Matan Ruak disputam segunda etapa em 9 de maio
Os primeiros resultados nas eleições presidenciais do Timor Leste indicam que haverá segundo turno, e que o atual presidente, José Ramos-Horta, está na terceira posição na apuração provisória de votos.
O principal opositor, Francisco Guterres &Lu Olo&, está na frente, com 27,28% das 325.300 cédulas apuradas até o momento, segundo informações da comissão eleitoral.
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Mulheres timorenses em centro de votação em Dili
Foto: AFP
O ex-chefe das Forças Armadas José María Vasconcelos, conhecido como Taur Matan Ruak, está em segundo, com 24,17% dos votos, enquanto o Nobel da Paz Ramos-Horta conta com 18%.
Os dois candidatos com mais votos se enfrentarão no segundo turno, previsto para acontecer no dia 9 de maio, já que os dados provisórios indicam poucas chances de que um dos candidatos conquiste mais de 50% dos votos.
Segundo autoridades eleitorais, os resultados oficiais serão conhecidos no começo da semana, devido ao lento processo de apuração de votos e a má comunicação de algumas áreas. Os três candidatos são conhecidos pelo eleitorado porque se opuseram à ocupação indonésia do Timor Leste após a retirada de Portugal, em 1975.
Aptos a votar
A jornada eleitoral que convocou cerca da metade da população timorense, que chega a 1,1 milhão de habitantes, transcorreu com normalidade e foi supervisionada por 2 mil observadores locais e 170 da comunidade internacional espalhados por 630 colégios dos 13 distritos eleitorais.
A votação é apenas a segunda da democracia de dez anos de Timor Leste e a primeira supervisionada pelas forças locais, que assumiram a responsabilidade pela segurança no ano passado. Os cerca de 1 mil capacetes azuis ainda presentes em Timor Leste deixarão o país no final deste ano.
Histórico
Descolonizado de Portugal em 1975, o país foi invadido pela Indonésia apenas três dias mais tarde, dando início a 24 anos de conflito. Segundo uma comissão independente, o conflito deixou cerca de 200 mil mortos - ou quase um quarto da população timorense na época.
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A ONU colocou o país sob mandato em 1999, após a saída das tropas indonésias, e isso permitiu sua independência três anos mais tarde, em 2002. A história do país continuou marcada pela violência, mas Timor Leste vive em calma há vários anos, e por essa razão a ONU anunciou a retirada de seus soldados no fim deste ano, sendo que o mesmo será feito pelas forças australianas.
Atualmente mais da metade dos timorenses vive abaixo da linha da pobreza, e uma porcentagem igual se mantém no analfabetismo. O novo presidente terá que lutar para que seu país permaneça em paz.
"Se tudo ocorrer de forma pacífica, isso mostrará que estamos prontos", explicou Aderito Hugo da Costa, deputado do CNRT (centro-esquerda), partido presidido pelo atual primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
*Com EFE e AP
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