MENU

Mundo

Rebeldes dizem que tropas de Kadhafi entraram em Benghazi

Rebeldes dizem que tropas de Kadhafi entraram em Benghazi

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:51

As tropas do ditador líbio Muammar Kadhafi entraram em Benghazi na madrugada deste sábado (19), forçando os rebeldes no local a recuarem e desafiando as ordens de cessar-fogo feitas pelas Nações Unidas na sexta-feira.

A rede árabe 'Al Jazeera' noticiou há pouco que 26 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas e estariam no hospital de Jala, em Benghazi, após os bombardeios de forças do ditador na cidade.

Segundo a agência Reuters, um porta-voz das forças rebeldes disse que as tropas entraram pelo oeste. Uma explosão também pode ter acontecido nos arredores do quartel-general do movimento contra o governo líbio.

Também segundo a Reuters, forças líbias leais a Kadhafi, que está há 42 anos no poder, realizaram disparos contra a cidade rebelde de Misrata no início deste sábado e o fornecimento de água continua interrompido, disse um morador.

"(As forças de Kadhafi) bombardearam a cidade com quatro ou cinco projéteis de artilharia nas primeiras horas de sábado. A situação é relativamente calma agora. Mas eles seguem na periferia da cidade, e a água para Misrata segue cortada", disse Mohammed, morador da cidade, à Reuters por telefone. Relatos de Misrata não podem ser confirmados independentemente já que as autoridades em Trípoli não permitem que jornalistas cheguem à cidade.

Mais cedo, um avião militar das Forças Armadas da Líbia foi abatido por rebeldes líbios. Apesar da baixa, forças de Kadhafi teriam bombardeado intensamente a cidade de Benghazi, segundo informações da TV Al Jazeera.

A ação acontece depois o anúncio de uma possível intervenção armada contra Kadhafi horas após uma reunião diplomática a ser realizada em Paris também neste sábado. Uma zona de exclusão aérea foi imposta pelo Conselho de Segurança da ONU no país.

Apesar de relatos sobre a desobediência ao cessar-fogo, autoridades líbias negam estar atacando rebeldes e dizem estar respeitando o cessar-fogo. O ministro líbio de Relações Exteriores, Musa Kusa, pediu neste sábado  ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o envio de observadores para verificar o cessar-fogo decidido na sexta-feira, e cumpre a resolução da ONU.

"Anunciamos um cessar-fogo, prova de que a Líbia respondeu de forma positiva às decisões da ONU", declarou Musa Kusa em coletiva de imprensa em Trípoli. "E para demonstrar nossa credibilidade, pedimos ao secretário-geral da ONU que envie observadores internacionais", completou.

Rebeldes pedem ação rápida

O líder do rebelde Conselho Nacional da Líbia afirmou neste sábado (19) que a comunidade internacional precisa agir rapidamente para proteger civis das forças de Kadhafi que estão bombardeando a cidade de Benghazi.

'Agora há um bombardeio de artilharia e mísseis em todos distritos de Benghazi', disse Mustafa Abdel Jalil à rede de TV Al Jazeera. 'A comunidade internacional está atrasada em intervir para salvar civis das forças de Kadhafi'.

'Hoje em Benghazi haverá uma catástrofe se a comunidade internacional não colocar em prática as resoluções do Conselho de Segurança da ONU', acrescentou. 'Apelamos à comunidade internacional, a todo o mundo livre, para impedir essa tirania de exterminar civis.'

Segundo a agência de notícias France Presse, milhares de pessoas fugiam neste sábado de Benghazi. Na localidade de Al Marj, 50 km a leste de Benghazi, na estrada rumo a Tobruk, localizada perto da fronteira com o Egito, foram registrados importantes engarrafamentos. As pessoas que fugiam formavam longas filas em frente de postos de gasolina e padarias, com o objetivo de se abastecer para dirigir por estradas a Tobruk, uma cidade situada a 350 km a leste, próxima ao Egito.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições