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Repressão a atos antigoverno matou mais de 3.000 na Síria, afirma ONU

Repressão a atos antigoverno matou mais de 3.000 na Síria, afirma ONU

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:24

A repressão a protestos pela democracia na Síria matou mais de 3.000 pessoas, incluindo pelo menos 187 crianças, desde 15 de março, anunciou nesta sexta-feira (14) o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

Apenas na quinta-feira, foram 36 mortos, sendo 25 militares, e dezenas de pessoas ficaram gravemente feridas no país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH)

"Mais de 100 pessoas morreram apenas nos últimos 10 dias. Além disso, milhares de pessoas foram detidas, vítimas de desaparecimentos forçados e torturadas", afirma um comunicado do Alto Comissariado.

Governo da Síria mostra armas que teriam sido apreendidas com rebeldes

 em Rastan, na província central de Homs, na quinta-feira (13) (Foto: AP)

  As sanções adotadas pela comunidade internacional contra a Síria não modificaram até o momento a atitude do regime sírio, afirmou o porta-voz do Alto Comissariado, Rupert Colville.

Por este motivo, o organismo da ONU pede aos países que adotem medidas urgentes para proteger os sírios que protestam contra o regime de Bashar al Assad.

O OSDH informou que 10 civis faleceram na quinta-feira, entre eles uma criança, na cidade de Banach (província de Idleb, noroeste). Outro civil morreu na cidade de Homs (centro). Quinze soldados e um oficial morreram em Banach, outros nove soldados na província de Deraa (sul) e um oficial das forças de segurança em Quseir (região de Homs).

A ONG se declarou surpresa com o silêncio das autoridades sírias sobre a morte de dezenas de soldados do Exército nos últimos dias na região de Deraa, na província de Deir Ezzor (leste), na cidade de Quseir e em Jabal Zawiya (região de Idleb), e com o fato de que os corpos não foram entregues às famílias.

Risco de guerra civil

A comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillay, afirmou que o país corre o risco de entrar em guerra civil.

"'O ônus é de todos os membros da comunidade internacional, para que tomem ações de proteção de modo coletivo, antes que a implacável e contínua repressão leve a uma guerra civil aberta", disse Pillay, que foi juiz do tribunal da ONU para crimes de guerra.

"À medida que mais membros das forças militares se recusam a atacar civis e mudam de lado, a crise já demonstra sinais preocupantes de se transformar em luta armada", acrescentou.

O governo afirma que defende o país de insurgentes que querem provocar desestabilização.        

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