A decisão do Canadá de retirar-se do Protocolo de Kyoto foi considerada uma má notícia para a luta contra a mudança climática, declarou nesta terça-feira (13) o ministério das Relações Exteriores da França .
Segundo o porta-voz da chancelaria, Bernard Valero, o anúncio não enfraquece os esforços do governo francês de manter o que foi acordado na COP 17, em Durban, na África do Sul. O anúncio da saída do Canadá é uma má notícia, mas descartamos deixar de lado nossos esforços e quebrar a dinâmica do acordo de Durban, que cria um acordo coerente, disse.
Nesta segunda-feira (12), um dia depois de regressar da Conferência do Clima das Nações Unidas, o ministro do Meio Ambiente canadense, Peter Kent, justificou a posição do país alegando que as emissões do Canadá aumentaram consideravelmente e que a nação corria o risco de ter de pagar multas que equivaleriam a US$ 14 bilhões.
Além disso, Kent explicou também que Kyoto, único pacto climático global legalmente vinculante (obrigatório) que está em vigor, não funcionava e que a plataforma adotada pelos 190 países reunidos da COP 17 representava o caminho do futuro.
Como funciona
Criado em 1997, o tratado obriga as nações desenvolvidas do Hemisfério Norte (chamado de Anexo 1) a reduzir suas emissões em 5,2%, entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990. Países da Europa já tomaram medidas para reduzir suas emissões.
Por consenso dos países reunidos na cúpula sul-africana, que encerrou no último domingo (11), ele foi renovado por um novo período, que se inicia em 2013 e tem prazo para terminar em 2017 ou 2020 - a data final ainda não foi definida.
O tratado não compreende os Estados Unidos, um dos principais poluidores, e não obriga ações imediatas de países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil.
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