O Haiti não poderá fazer um segundo turno de sua eleição presidencial antes de fevereiro, uma vez que aguarda um relatório de peritos sobre resultados preliminares do primeiro turno de 28 de novembro, um alto funcionário eleitoral disse na terça-feira (4).
O resultado das eleições caóticas do Haiti em novembro permaneceu incerto, desde que protestos violentos se seguiram aos resultados preliminares da votação do primeiro turno. As eleições presidenciais e legislativas foram realizadas em meio ao caos, denúncias de fraude e uma epidemia de cólera.
A nação mais pobre das Américas se prepara para assinalar o primeiro aniversário do terremoto devastador de um ano atrás, em 12 de janeiro. Há temores de que a instabilidade política atrase a entrega de bilhões de dólares em fundos de reconstrução de emergência de doadores estrangeiros.
"Hoje estamos numa encruzilhada perigosa", disse o atual presidente, René Préval, em pronunciamento no Dia da Independência do Haiti, no fim de semana.
Ele rejeita as acusações de candidatos presidenciais da oposição de que ele e sua coalizão Inite (Unidade) tenham manipulado a votação para levar seu candidato ao segundo turno.
Respondendo à apreensão internacional sobre as denúncias de irregularidades na votação de 28 de novembro, Préval pediu a ajuda da Organização dos Estados Americanos (OEA), e uma equipe de especialistas da entidade está trabalhando na verificação da contagem preliminar.
Porém, o processo atrasou o cronograma eleitoral original, que tinha previsto o anúncio dos resultados finais do primeiro turno para 20 de dezembro e a realização do segundo para 16 de janeiro.
"Vai ser materialmente impossível fazer o segundo turno em 16 de janeiro", disse à Reuters o diretor-geral do Conselho Eleitoral Provisório do Haiti, Pierre-Louis Opont.
"Depois da publicação dos resultados finais do primeiro turno, vamos precisar de pelo menos um mês para realizar o segundo turno", acrescentou o funcionário.
Mas ele não soube dizer quando os resultados finais serão anunciados, dizendo apenas que vão se seguir à divulgação do relatório da OEA e da conclusão do processo de investigação das denúncias.
Os resultados preliminares de 7 de dezembro dão a liderança nas urnas a Jude Celestin, um tecnocrata do governo pouco conhecido e protegido de Préval, concorrendo no segundo turno contra Mirlande Manigat, ex-primeira-dama.
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