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Sem aeroportos, táxi é mais caro que avião no Chile

Sem aeroportos, táxi é mais caro que avião no Chile

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

Com os aeroportos fechados, a principal rota dos chilenos para retornar é por terra e por meio da cidade argentina de Mendoza, do outro lado da cordilheira dos Andes.

O problema é que o trecho final da viagem pode custar bem mais do que o ticket aéreo. Os taxistas argentinos estão cobrando US$ 400 para levar os desterrados até Santiago, em uma viagem que dura seis horas de subidas, descidas, túneis e alfândegas.

Para quem não tem tanta pressa, o jeito é tentar a sorte na rodoviária da cidade argentina, podendo ficar horas em suas poltronas atrás de um ônibus de uma transportadora confiável. Muitos se arriscam em vans que mais parecem peruas escolares e saem lotadas em direçao ao país devastado por um terremoto de 8,8 graus na escala Richter na última madrugada de sábado.

Essas vans são mais baratas: US$ 40 a passagem. "Já estou em uma maratona. Quero chegar rápido na minha casinha", confessa o empresário Juan Pablo Almurado, que estava em férias em Bancoc, na Tailândia.

Ele saiu na quinta-feira passada do país asiático e, após uma escala europeia, chegou à Argentina no sábado, onde ficou parado no aeroporto  Ezeiza, em Buenos Aires.

Almurado negociou com a Aerolineas Argentinas e trocou o bilhete de Santiago por um para Mendoza. Essa mesma sorte não teve um grupo de 30 turistas chilenos, que terminou as férias de verão com uma estadia de quatro dias nos corredores do aeroporto internacional que serve Buenos Aires.

"Tem gente aqui que está desde sexta, e a companhia não fala nada. Eles falam que vão nos embarcar para Mendoza, mas adiam toda hora", se queixa a estudante de Santiago que volta de dias passados em Madri (Espanha).

Mais desesperada estava Irina González, afinal, além de não conseguir retornar, sua cidade natal é Maule, uma das mais atingidas pela forca da natureza. "Nao sei se minha casa está em pé, quem está vivo, quem está ferido. Estou vivendo um inferno", conta a professora.

Por: Rodrigo Bertolotto

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