O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, deixou nesta terça-feira, 1º, aberta a possibilidade de realizar uma cúpula com Pyongyang para solucionar a crise entre as duas Coreias se o regime comunista demonstrar "uma mudança de atitude" e cessar suas provocações.
"Posso realizar uma cúpula (com Kim Jong-il) se for necessário", disse Lee durante um programa de televisão, no qual insistiu que a Coreia do Norte deve pôr fim à sua arriscada política militar para aproveitar a oportunidade de diálogo. A tensão na instável península coreana aumentou em novembro com o inesperado ataque da Coreia do Norte à ilha sul-coreana de Yeonpyeong, no Mar Amarelo, que deixou quatro mortos.
No início de janeiro, o regime de Kim Jong-il se mostrou disposto a um diálogo com a Coreia do Sul para diminuir a tensão, embora o Governo de Seul reivindique um compromisso para o abandono do seu programa nuclear e a cessação das provocações por parte de Pyongyang.
Em meio a esta situação, os países planejam realizar uma reunião militar de trabalho, inicialmente proposta para 11 de fevereiro, na vila fronteiriça de Panmunjom e que serviria para preparar uma reunião posterior de oficiais de alto nível.
Lee assegurou nesta terça-feira que Seul examinará "a seriedade" com a qual Pyongyang aborda este primeiro diálogo de trabalho.
Se a Coreia do Norte "procura um diálogo sincero, em lugar de provocações militares, podemos ter um diálogo e retomar os intercâmbios econômicos e as negociações sobre o diálogo de seis lados", disse o presidente sul-coreano, citado pela agência local Yonhap.
O diálogo de seis lados para a desnuclearização de Pyongyang (do qual participam as duas Coreias, China, Rússia, Estados Unidos e Japão) está paralisado desde 2008 pelo boicote de Pyongyang, que agora se mostra disposto a retomá-lo, apesar da oposição dos EUA e de seus aliados.
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