Soldado suspeito de massacre de civis é retirado do Afeganistão

iG São Paulo

Segundo Pentágono, militar foi levado por causa da falta de centros de detenção apropriados para o soldado americano

O soldado americano suspeito de matar 16 civis no Afeganistão foi retirado do país nesta quarta-feira.

Segundo o porta-voz do Pentágono, capitão John Kirby, o soldado foi retirado do Afeganistão “com base em uma recomendação legal”. “Não temos instalações de detenção apropriadas no Afeganistão”, explicou.

Segundo Kirby, autoridades decidiram transferir o militar para uma instalação própria para um membro das Forças Armadas dos EUA sob suspeita.

 

Homens são visto perto de manchas de sangue e restos mortais carbonizados dentro de casa em Panjwai, na Província de Kandahar, onde soldados dos EUA lançou ataque (11/03)

Foto: AP

Perfil: Suspeito de massacre no Afeganistão tem 2 filhos e serviu no Iraque

 

O soldado foi levado por um avião militar americano para um centro de detenção “confidencial” em outro país. A informação foi revelada por um militar sob condição de anonimato, que não revelou qual prisão ou país receberá o militar.

Kirby disse que a retirada do militar americano não significa necessariamente que o julgamento será realizado fora do Afeganistão. O soldado americano ainda não foi indiciado.

Investigação

Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou que seu governo investigue "até as últimas consequências" o massacre de 16 civis afegãos no domingo.

Reação: Taleban promete vingar civis mortos por soldado americano

O soldado matou pelo menos 16 pessoas e feriu outras cinco no domingo na província de Kandahar, no sul do Afeganistão. Apesar de autoridades americanas não terem divulgado a identidade do militar, sabe-se que o sargento veterano do Exército é um homem casado e pai de de duas crianças. Essa era a primeira vez que o soldado, que previamente havia sido enviado ao Iraque, atuava no Afeganistão. Com 38 anos, ele serviu ao Exército por 11 anos e foi enviado por três vezes ao Iraque.

*Com AP

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