O governo da Tailândia manterá até domingo (23) o toque de recolher declarado em Bangcoc e em outras 23 províncias do nordeste e norte do país, em resposta à onda de saques e violência após a operação do Exército que desmontou o acampamento dos opositores "camisas vermelhas" no centro da capital.
O porta-voz do Exército, coronel Sansern Kaewkamnerd, disse que a medida seguia sendo necessária apesar de já estar causando "muitas inconveniências" às pessoas. O Exército assumiu o controle do centro de Bangcoc, mas vários militantes armados continuam escondidos em diversos edifícios, segundo Kaewkumnerd.
Desde o início das manifestaçõses, em meados de março, mais de70 pessoas morreram e quase 2 mil ficaram feridas no país.
Na manhã desta quinta-feira, milhares de manifestantes abandonaram um templo budista de Bangcoc, um dos últimos refúgios dos camisas vermelhas. Muitas mulheres e crianças haviam se refugiado no local, declarado "zona protegida" diante da iminência de uma operação militar.
Oposição
Os manifestantes são em sua maioria camponeses pobres, seguidores do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto por militares em 2006. Eles acusam Abshisit, eleito indiretamente com apoio das Forças Armadas, de não ter legitimidade para governar.
Condenado por corrupção, o bilionário Thaksin vive fora do país. Por telefone de um local não revelado, ele disse à agência de notícias Reuters que a repressão militar aos manifestantes pode desencadear uma guerra de guerrilhas. "Há uma teoria que diz que uma repressão militar pode disseminar o ressentimento, e que essas pessoas ressentidas se tornam guerrilheiras", afirmou.
*Com informações da AFP, Efe e Reuters
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