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Strauss-Kahn processará jornalista que o acusa de tentativa de estupro

Strauss-Kahn processará jornalista que o acusa de tentativa de estupro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:35

O ex-diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn abrirá um processo por calúnia contra a jornalista francesa Tristane Banon, 32, que havia anunciado mais cedo nesta segunda-feira que o denunciaria por tentativa de estupro, informaram advogados do político.

Por meio de um comunicado, o escritório de advocacia Herni Leclerc e associados, que representa Strauss-Kahn, anunciou sua intenção de "redigir uma denúncia por calúnia contra Banon".

Strauss Kahn "tomou conhecimento da intenção de Tristane Banon apresentar uma queixa contra ele", pois os fatos que ela menciona são "imaginários", aponta o comunicado. Como consequência, Henri Leclerc e seu sócio, Frédérique Baulieu, "foram encarregados de redigir uma queixa por denúncia caluniosa contra a senhora Banon".

A jornalista --cuja família é próxima a de Strauss-Kahn-- declarou à TV francesa em 2007 que o então diretor do FMI havia tentado estuprá-la em 2003, quando ela o entrevistou para preparar um livro.

Strauss-Kahn foi detido em 14 de maio em Nova Yor,k sob acusação de agressão sexual de uma camareira em um hotel local.

Submetido à prisão domiciliar e estrita vigilância, ele foi colocado em liberdade nesta sexta-feira, após declaração da Justiça de que a acusadora havia "mentido deliberadamente" à Justiça, pondo em risco sua credibilidade.

Em 16 de maio, o advogado de Banon anunciou que sua cliente havia pensado em processar o dirigente francês. Mas quatro dias depois apontou que essa decisão "a reservava para mais tarde".

REVIRAVOLTA

Favorito nas pesquisas presidenciais francesas de 2012, Strauss-Kahn continua respondendo por sete acusações baseadas em tentativa de estupro e violência sexual, passíveis de até 74 anos de prisão. Sua próxima audiência está prevista para o dia 18 de julho.

No entanto, as mentiras da acusadora reveladas pelo promotor Cyrus Vance deram uma reviravolta no caso.

A mulher mentiu para conseguir asilo nos Estados Unidos em 2004, e também mentiu sobre o que ocorreu depois da suposta agressão sexual no quarto 2806 do hotel Sofitel de Nova York.

A mulher explicou que esperou no corredor o político sair do quarto e imediatamente informou sobre a suposta agressão. No entanto, depois admitiu que "havia arrumado outro quarto e voltou para a suíte 2806 e começou a limpá-la antes de informar sobre o incidente ao supervisor", escreveu Vance.

Ela também fez uma declaração falsa sobre um segundo filho para enganar as autoridades fiscais, destaca o promotor.

Vários jornais americanos atacam agora a empregada do hotel, uma guineana de 32 anos cuja identidade é protegida pela justiça dos Estados Unidos.

A virada do caso começou quando os franceses começaram a questionar se não havia sido uma armação contra o mais provável candidato de esquerda à Presidência.

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