O braço local do Talibã assumiu nesta quarta-feira (2) o assassinato do ministro de Minorias Religiosas do país, Shahbaz Bhatti, morto a tiros em plena luz do dia na capital, Islamabad, disseram autoridades.
Bhatti, um cristão, vinha defendendo mudanças na controversa legislação sobre blasfêmia no país, cuja grande maioria da população é muçulmana. Ele era o único cristão no gabinete de governo.
Segundo a polícia, ele foi alvejado perto do mercado de Islamabad, quando estava em seu carro.
Membros do Talibã argumentaram que o ministro era um blasfemo. "Os relatos iniciais são de que ele foi morto por três homens, provavelmente com um fuzil Kalashnikov, mas ainda estamos tentando estabelecer o que aconteceu exatamente", disse o chefe de polícia da cidade, Wajid Durrani.
A lei antiblasfêmia determina que qualquer pessoa que fale mal do Islã e do profeta Maomé comete um crime e pode ser condenada morte, mas ativistas dizem que sua vaga terminologia tem resultado em muitos erros.
A lei está causando polêmica no país desde que em novembro um tribunal condenou à morte uma mulher cristã, que tem quatro filhos.
Os cristãos são cerca de 2% da população do Paquistão.
O atentado ocorre quase dois meses após o assassinato do governador da província oriental de Punyab, o liberal Salman Tasir, que havia defendido publicamente uma cristã condenada à pena de morte.
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