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Trem com lixo nuclear segue viagem após atravessar fronteira

Trem com lixo nuclear segue viagem após atravessar fronteira

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:20

Após diversas manifestações contrárias, o trem com 11 vagões carregados de resíduos radioativos tratados na França atravessou nesta sexta-feira (25) a fronteira com a Alemanha e segue viagem de 1.500 quilômetros até o município de Goerleben.

Com 2,5 mil toneladas de resíduos, o comboio iniciou sua trajetória pela Alemanha sob forte esquema de segurança envolvendo 20 mil soldados, diante da previsão de protestos, manifestações e cortes de vias por ativistas contrários a energia nuclear.

As forças de segurança alemãs confirmaram que o transporte, que partiu na quinta-feira (24) da planta de processamento de resíduos de Valognes (norte da França ), cruzou a fronteira nesta sexta sem incidentes.

Policiais alemães observam o trem carregado com lixo nuclear durante parada na cidade de Neunkircher, perto de Saarbruecken (Foto: Alex Domanski/Reuters) Na quinta-feira (24) ocorreram já em território alemão os primeiros incidentes relacionados com a passagem do comboio, quando a Polícia lançou água contra 800 manifestantes na localidade de Metzingen (sul do país), segundo a imprensa local.

Há anos, a viagem deste comboio radioativo gera protestos no país, com a ajuda degrupos contrários à energia atômica, e sucessivos cortes das vias em seu trajeto até o depósito de Gorleben.

Na cidade de Metzingen, no sul da Alemanha, cerca de 800 manifestantes protestaram contra a passagem do trem. A polícia utilizou canhões de água para conter os participantes do ato (Foto: Johannes Eisele/AFP) Energia renovável

Em março, o governo de Angela Merkel anunciou que desligará todas as usinas nucleares do país até 2022. O plano foi divulgado após a repercussão negativa do acidente que envolveu o complexo atômico de Fukushima, no Japão, atingido por um terremoto seguido de tsunami.

A decisão vai aumentar o emprego das energias renováveis no país, como a solar, eólica e biomassa, que saltarão dos atuais 16% de toda a matriz energética para 80% até 2050, segundo o plano oficial. A potência instalada de fontes renováveis deverá chegar a 163,3 GW.

É como se em quatro décadas a Alemanha construísse o equivalente a mais de 14 usinas com a mesma potência da de Belo Monte, que terá capacidade para produzir 11,2 GWh de energia no Rio Xingu, no Pará.        

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