Tropas do Camboja e da Tailândia retomaram nesta segunda-feira (7) os combates em uma região da fronteira comum em disputa, informam autoridades.
O porta-voz governamental cambojano, Phay Siphan, explicou que os confrontos pararam por volta da meia-noite, mas começaram outra vez ao amanhecer.
A tensão leva milhares de pessoas a deixar a região.O governador da província de Si Sa Ket, Somsak Suwansujalit, afirmou que 15 mil pessoas deixaram suas casa desde sexta-feira (4) . Os combates da noite deste domingo (6) deixaram pelo menos dez feridos e ocorreram apesar do cessar-fogo pactuado entre os dois países.
O primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, defendeu no domingo a atuação de seu governo com o Camboja em resposta à pressão que exerce a aliança nacionalista dos camisas amarelas, que exige sua renúncia por causa do litígio territorial.
Por sua parte, o líder cambojano, Hun Sen, enviou uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas protestando pela flagrante agressão da Tailândia.
Os camisas amarelas, que até agora tinham respaldado o Partido Democrata de Abhisit, estão há quase duas semanas acampados em frente à sede do Executivo para reivindicar mais dureza com o Camboja na disputa fronteiriça.
Exigem que a Tailândia emita um memorando de entendimento para delimitar o passo alcançado em 2000, rompa seus laços com a Unesco por considerar que o território pertence ao país vizinho e expulse da zona quente todos os soldados cambojanos.
Ambos os países arrastam o conflito desde o verão de 2008, quando a agência da ONU reconheceu Preah Vihear, um templo khmer do século XI, como Patrimônio da Humanidade no Camboja. A Tailândia o admite, mas reivindica uma zona de 6,4 km² situada nos arredores.
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